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Notícias / Artes visuais

Conheça as xilogravuras fantásticas e macabras do brasileiro Ramon Rodrigues; Veja Fotos

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Ramon nasceu em 1982, e mora em Florianópolis. Ele se formou em Desenho Industrial e fez mestrado em Design. Em 2010 passou um ano estudando xilogravura na Argentina. E não é preciso muito para perceber o quanto esse ano de estudos fez diferença em seu trabalho.

Ele aponta várias referências: ilustrações editoriais antigas, fotografias do início do século passado, tatuagens (flashs de estúdios de tattoo principalmente), gravuras mexicanas, filmes antigos, música e literatura.

Quem conhece um pouco de história da arte logo percebe alguns artistas que o influenciaram, Gustav Doré e Goya por exemplo. Mas ele cita outros: Kathe Kollwitz, Rubem Grilo, Alphonse Mucha, Vania Zouravliov, J.G. Posada, Leopoldo Méndez, Harry Clarke, etc, etc.

Quando questionado sobre a escolha da xilo, ele responde:

"Eu sempre trabalhei com preto e branco. Durante anos fiz desenhos em nanquim e bico de pena. Em 2008 comecei a fazer Litogravura, também em preto e branco, e me encantei com o universo da gravura, com o trabalho na matriz, o processo de impressão, a escolha dos materiais... Mas sempre fui um pouco relutante em fazer xilogravura, pois me disseram que seria impossível manter a quantidade de detalhes que eu colocava nos meus trabalhos com a xilo. Porém, quando tentei a primeira vez, vi que a técnica não era tão limitada e que com alguma dedicação eu conseguiria fazer algo interessante. Não dá tempo de cansar, pois quando acabo de esboçar tenho que começar a gravar a matriz, quando acabo de gravar tenho que imprimir e quando acabo de imprimir já estou pronto para voltar a esboçar uma nova gravura. Acho que o que mais me atrai na gravura são as distintas etapas do processo."
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