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Ex-carreiro completa 100 anos hoje e diz que o segredo para viver muito é dançar

De Barra do Garças - Ronaldo Couto

O simpático morador de Barra do Garças, Filogônio Fernandes Carrijo, conhecido como Filó, completa nesta sexta-feira (30), cem anos de idade. O aniversário dele foi comemorado antecipadamente por amigos e freqüentadores do clube Palácio do Forró no domingo (25), com um bolo e vários abraços.

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Esbanjando saúde, Filó diz que o segredo para viver muito é não ter inimigos e dançar. “Eu gosto de dançar e os médicos disseram que a dança me faz bem”, explica. O aposentado explica que passou a freqüentar os clubes de dança após orientação médica.

Vinte anos atrás, Filó sofreu um grave acidente machucando a bacia e fraturou um braço. Os médicos, na época, sugeriram que o aposentado fizesse caminhada e participasse do clube de dança da Terceira Idade para ajudar na recuperação.

A receita deu tão certo que Filó freqüenta até hoje os clubes de dança e se tornou o principal cliente do Palácio do Forró. O proprietário do clube, Fernando Delmondes, considera Filó como se fosse um segundo pai. “Ele foi amigo do meu pai e o visitou durante o período que o meu pai estava doente e foi nesse período que passei admirá-lo”, completou.

Filho de Roque e dona Luiza, Filó lembra até o horário que nasceu. “Eu nasci às 23 horas do dia 30 de maio de 1914”, conta. Por sessenta anos morou em Torixoréu onde ajudou a construir a primeira ponte de madeiras do município sobre o rio Araguaia e por doze anos trabalhou como carreiro.

Filó é pai de treze filhos, dos quais dez estão vivos: Adalto, Olinda, João, Sandoval, Iracema, Hilda, Vanir; Maria, José e Laurinda Carrijo. Dona Laurinda com setenta anos é quem cuida dele hoje.

Bastante cordial, Filó refere-se a filha Laurinda como mãe. “Essa aqui é minha filha. Eu a criei e hoje ela está me criando, portanto é minha mãe”, colocou. Apesar da vista fraca e de ouvir com dificuldade, Filó gosta de caminhar também.

Dona Laurinda conta que o pai tem uma dieta normal, porém sem extravagância e toma algumas vitaminas e raramente fica resfriado. “Eu acho que é genética, porque a mãe dele (Luiza) viveu até os 103 anos”, finalizou.
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