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Notícias / Cinema

Primeiro capítulo da minissérie sobre vida de Marechal Rondon é transmitido pela TVCA

Da Redação - Stéfanie Medeiros

Depois de 10 anos de produção e seis meses de filmagens principalmente em Mato Grosso, a minissérie “Marechal, o grande chefe” foi ao ar na noite deste domingo (02). Dividida em cinco episódios, a série conta a vida de Marechal Cândido Rondon. A minissérie será exibida todos os domingos na TVCA, após o programa Fantástico.

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Para que a história de Rondon fosse transmitida com maior veracidade, as filmagens aconteceram em diversos locais. O produtor da minissérie, Rodrigo Piovezan, explicou que 70% das cenas foram gravadas em Mato Grosso e o restante foi dividido em Nova York, Boston e Rio de Janeiro. Mais de 70 pessoas participaram do elenco.

A direção da obra ficou por conta de Marcelo Santiago. O ator Rui Ricardo é quem dá vida ao general Rondon, enquanto Marcos Breda vive o presidente Getúlio Vargas. Na série, podemos ver o quanto Rondon dedicou-se à preservação da natureza, aos cuidados coma população nativa e seu lado humanitário. O reconhecimento de marechal Cândido Rondon ultrapassou as fronteiras brasileiras. Graças à expedição Rossvelt-Rondom, ele é lembrado em um andar inteiro do Museu de História Natural de Nova York.

Sobre Marechal Rondon

Nascido no distrito de Mimoso, em 5 de maio de 1865, de origem indígena, Cândido Mariano da Silva Rondon se tornou pioneiro na implantação das primeiras linhas telegráficas em Mato Grosso. Isto aconteceu após Rondon se alistar na escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, sendo promovido de sargento a marechal ao longo de sua carreira militar.

Em 1892, Marechal Rondon trabalhou abrindo caminhos e desbravando terras para o lançamento das linhas telegráficas. Rondon também trabalhou com o mapeamento das terras e estabelecendo relações próximas com os indígenas da região. Ele participou de uma expedição às margens do Amazonas junto com o presidente norte-americano Theodor Roosevelt, no ano de 1913. Entre 1927 e 1930, foi responsável por inspecionar as fronteiras do Brasil do Oiapoque até a divisa da Argentina com o Uruguai. Rondon também foi o criador do Serviço Nacional de Proteção aos Índios.

Indicado ao Nobel da Paz por Albert Einstein

Após visitar o Brasil em 1925, o físico alemão Albert Einstein, reconhecido como maior cientista do século 20, enviou uma carta ao comitê do Nobel da Paz, com sede em Oslo, Noruega, com a indicação do sertanista brasileiro ao prêmio. “Este homem deveria receber o Nobel da Paz por seu trabalho de absorção das tribos indígenas no mundo civilizado sem o uso de armas ou violência. Ele é um filantropo e um líder de primeira grandeza”, diz trecho da carta.

A proposta de Einstein não foi levada em consideração, mas a carta foi reencontrada em 1994, nos arquivos do comitê do Nobel, em Oslo, pelo professor Alfredo Tiomno Tolmasquim. No meio tempo entre a indicação do físico alemão e do reencontro da carta, o então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, no dia 1 de novembro de 1956, foi pessoalmente a casa residência de Rondon no Rio de Janeiro, avisar que o havia indicado ao Nobel da Paz.

“Todas as honras são poucas para homenageá-lo, Marechal. Quanto mais visito o interior do Brasil, mais me é apreciar seu trabalho admirável. O senhor mercê muito mais, Marechal”, disse o presidente para o já reformado sertanista. No ano seguinte, o Explorer’s Club, de Nova York, apresentou oficialmente o nome de Rondon ao comitê do Nobel.
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