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'Missão: Impossível – Nação secreta', com Tom Cruise, é o auge da franquia

G1

 "Missão: Impossível – Nação secreta" tem um final meio vergonhoso. Aquilo é de uma preguiça quase irracional. Apesar disso, este quinto filme é o melhor da franquia estrelada por Tom Cruise na pele do agente secreto Ethan Hunt. E, se consegue ser o melhor, é porque, antes deste desfecho deprimente, "Nação secreta" funcionou como ação, tensão, suspense e humor. É entretenimento mais que razoável.

Fica a impressão de que este "Missão: Impossível 5" vinha dando tão certo, que os responsáveis ficaram com medo de, de repente, estragar tudo. E então, num misto de alívio e pressa para fazer logo o "Missão: Impossível 6", acabaram proponto algo anticlimático. Acontece. E, de qualquer modo, o filme sobrevive a esse fim acomodado.
O G1 lista, abaixo, 5 motivos que fazem deste “Missão: Impossível” número 5 um provável favorito dos fãs:

Motivo 1: Tom Cruise até atua (e sem dublês)

Sim, o que mais se diz a respeito do astro – que já não é nenhum menino, trata-se de um senhor de 53 anos, afinal – é que ele dispensa dublês. Que ele faz as próprias cenas de ação. Na passagem mais comentada de “Missão: Impossível – Nação secreta”, Tom Cruise aparece num avião em pleno voo – só que do lado de fora. Ele está amarrado, usa equipamentos de segurança etc. Mas é tudo muito impressionante mesmo. Ok, parabéns para ele. Mas isso é indício de coragem e habilidade atlética, e não capacidade de interpretação. Então, é justo dizer que, no que diz respeito ao ofício, Tom Cruise vai bem. Não é que tenha virado o Marlon Brando da noite para o dia – mesmo porque “Missão: Impossível” não é “O poderoso chefão”. Mas é perceptível como Cruise sabe aproveitar as chances para mostrar timing cômico.

Motivo 2: Tom Cruise tem bons parceiros

Para fazer o “Missão: Impossível – Nação secreta” funcionar, o Tom Cruise não precisa bater escanteio e correr na área para cabecear. O elenco de coadjuvantes aceita que está ali para fazer o protagonista brilhar, mas, quando dá, faz bom uso dos momentos solo. O O britânico Simon Pegg, por exemplo, que faz o melhor amigo do Tom Cruise, se garante no humor. Vale o mesmo para Alec Baldwin, que parece interpretar sempre a si próprio – e, felizmente, isso pode dar certo.

Motivo 3: a Rebecca Ferguson

A atriz nascida na Suécia não cumpre apenas função decorativa no “Missão: Impossível – Nação secreta”. Ela não chega a roubar a cena, mas sua atribuição vai além de interesse amoroso de Tom Cruise. Rebecca interpreta uma espiã britânica tão habilidosa quanto o Ethan Hunt, e nunca se sabe de que lado ela está. O mistério contribui decisivamente para que se mantenha o interesse pelo filme.

Motivo 4: o filme é mais que a cena do avião e tem bom suspense

No material de propaganda, o destaque pode ser a tal cena do Tom Cruise pendurado no avião. Mas “Missão: Impossível – Nação secreta” é mais que isso. Há, por exemplo, uma sequência muito interessante que se passa na ópera de Viena. Ela junta ação, tensão, suspense e humor. E tem a música dramática ao fundo, a famosa ária “Nessun dorma”, do Puccini. Existe ali, ainda, uma referência ao clássico “O homem que sabia demais” (1956), do Alfred Hitchcock.

O clássico “Casablanca” (1942) também é citado, quando Tom Cruise e companhia vão até o Marrocos. Lá, outros dois bons momentos de “Nação secreta”: Tom Cruise mostrando perícia na apneia (ele prende o fôlego longos minutos e sem o auxílio de cilindro de mergulho) e uma perseguição de moto. De novo, a combinação ideal de “Missão: Impossível”: ação, um pouco de suspense e drama.

Motivo 5: a trama não é simplória nem falsamente complexa

O roteiro de “Nação secreta” não é nem superficial a ponto de parecer infantilizado e nem metido a complexo a ponto de fazer o espectador se perder em meio a explicações intermináveis. O público não precisa acompanhar a trama com lupa por medo de perder algum dado essencial e nunca mais entender nada. Os créditos aqui vão para o diretor e roteirista Christopher McQuarrie, que escreveu também o roteiro do excelente “Os suspeitos” (1995).
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