Imprimir

Notícias / Gastronomia

Primeira cerveja artesanal produzida em Cuiabá, 'Louvada' lança três tipos e já estará nos bares segunda-feira

Da Redação - Isabela Mercuri

Chega na próxima segunda-feira aos bares de Cuiabá a primeira cerveja artesanal produzida na capital. Inicialmente com a Pilsen (tradicional), a Weiss (de trigo) e a Amercian Pale Ale (APA), ‘Louvada’ é a nova aposta do mercado mato-grossense. Há cerca de vinte dias, a marca já começou a vender Chopp por delivery, e até agora o resultado foi surpreendente.

Leia mais:
Cuiabanos terão novo local para dançar e se deliciar com a culinária mineira: Conheça o Mosteiro!
Novo restaurante de Cuiabá mistura ingredientes tradicionais com técnicas de cozinha contemporânea para criar sensações

“A gente ta vendendo toda a produção”, afirmou Ygor Quintela, gerente comercial da marca. Ele é um dos cinco sócios, que já trabalhavam juntos e decidiram investir em mais este empreendimento. Gregório Ballaroti, Fernando Zanetti, Rafael Mandu e Paulo Fortunato, além de amigos, sempre foram amantes da cultura cervejeira.


Ygor Quintela, gerente comercial (Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito)

O projeto em si tem vinte meses. “Somos cinco sócios que vem do mercado financeiro e queríamos expandir o negócio. Resolvemos montar um novo negócio que era uma paixão nossa também, a cerveja. Eu mesmo já fazia cerveja artesanal, na panela, era o chamado paneleiro”, conta Ygor.

Como o investimento começou bem na época da crise, ele confessa que teve medo: “Mas pensamos que empreender na crise é fazer pra colher na hora que ela acaba. Você aproveita pra maturar seu negócio, botar ele pra funcionar redondinho, pra quando a crise acabar, aproveitar. Como a gente vem do mercado financeiro a gente conhece, o retorno da crise é bom”, afirma.

Além disso, a confiança veio pela cultura da cerveja em Cuiabá. “Hoje são 350 microcervejarias no Brasil, todas as capitais têm, e Cuiabá não tinha. Era um nicho de mercado mesmo sendo uma época ruim: estamos numa época ruim e estamos vendendo tudo”.

A fabricação


Slogan (Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito)

O processo de fabricação de uma cerveja artesanal é longo. Para se ter uma ideia, são 21 dias só para resfriar nos tanques. Além disso, os ingredientes são selecionados e a cerveja é puro malte: “A gente não usa nenhum tipo de adjunto e nenhum tipo de conservante. A cerveja artesanal é somente água, lúpulo e levedura, mais nada”, explica o gerente. “Pra quem pensa na saúde sabe que é mais importante, faz menos mal. O álcool faz mal, mas o que faz mais mal nas cervejas comerciais é o conservante”, completa.

Os ingredientes usados são todos importados. O Malte da Pilsen é da Argentina, e os outros da Alemanha. A levedura também vem da Alemanha, e o lúpulo ou dos Estados Unidos ou da Alemanha.

Apesar disso, o produto não fica com preços absurdos, principalmente pela economia que se faz com logística, já que a fábrica fica em Cuiabá. O Chopp Pilsen, por exemplo, custa R$10 por litro. E as Long Necks devem chegar aos clientes custando R$6,90 (no entanto, isso depende da margem de lucro de cada bar, restaurante e supermercado).

A produção inicial da Louvada será de 18 a 20 mil litros por mês. Antes mesmo de inaugurar, no entanto, os sócios já compraram novos tanques e em janeiro a capacidade sobe para 32 mil litros por mês: “Temos uma capacidade fabril de até 60 mil litros, mas ainda são poucos tanques”, afirma Ygor. E a fábrica tem espaço para mais. A meta é chegar a 100 mil litros por mês em dois anos.

Os tipos de cerveja também devem aumentar. Estão na lista a Indian Pale Ale, Amber Ale, Witbier (com cascas de laranja e coentro, que deve ser lançada para o carnaval) e outras.

Por enquanto, a produção segue sendo 80% de cerveja pilsen (que é a mais tradicional), 10% de Weiss (trigo) e 10% APA, mas pode mudar de acordo com a demanda do mercado. “A cerveja Weiss todo mundo está adorando, então nós já aumentamos a capacidade de produção dela”, afirma Ygor.


Tipos de cerveja (Foto: Isabela Alves Mercuri / Olhar Conceito)

Por fim, a vontade é de criar a marca de cerveja cuiabana para os cuiabanos. A produção deve ser toda vendida por aqui e em cidades do interior como Rondonópolis, Tangará e Primavera. “A cultura de tomar uma boa cerveja não é de encher a cara. Tomar uma boa cerveja é apreciá-la, tomar com prazer, com cautela, degustando realmente. Queremos trazer a cultura de apreciar a cerveja pra Cuiabá”, finaliza o gerente.
Imprimir