Notícias / Copa 2014

10/07/2014 - 19:00

Aldo Rebelo diz que não há indício de ilegalidade na operação "Jules Rimet"

Globo Esporte

 O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, rebateu a nota da Match Services em defesa do executivo Raymond Whelan, acusado de ser o elo facilitador de um esquema de venda ilegal de ingressos, afirmando que o trabalho da Polícia Civil foi ilegal. Ele foi questionado por um jornalista estrangeiro como se sente, enquanto autoridade brasileira, em relação às alegações da nota sobre supostos erros na investigação. Para o ministro, a empresa deveria fazer essas colocações na Justiça. Ele afirmou que não há indício de ilegalidade na investigação, como afirmou a Match Services.

O texto da nota qualifica a prisão do executivo como ilegal e argumenta que a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que deflagrou a operação Jules Rimet, que resultou na prisão de 12 pessoas, incluindo o franco-argelino Lamine Fofana, acusado de ser o chefe da quadrilha de cambistas, sabe pouco sobre como funciona a operação de venda de ingressos. Rebelo afirmou que o melhor local para esse tipo de colocação da empresa seria o Poder Judiciário.

- O Brasil é um país institucionalmente organizado, maduro, com as esferas de responsabilidade distribuídas entre os poderes, que têm clareza em suas atribuições. Os órgãos de controle atuam livremente. E a polícia também tem regras, responsabilidades, atribuições constitucionais e legais. E age dentro da lei porque vive também sob controle da sua corregedoria e do Ministério Público, que acompanha todo o trabalho. Portanto, não há nenhum fato que indique que a polícia possa ter agido à margem ou acima da lei. E naturalmente o Poder Judiciário tem a atribuição de corrigir qualquer falha no sentido de ilegalidade. Então não sei porque a empresa faz isso mediante nota. A melhor forma de fazer é pelo Judiciário - afirmou o ministro.

Antes, a porta-voz da Fifa, Delia Fischer, se esquivou de perguntas sobre o tema, como tem sido a postura da entidade nos últimos dias. Reforçou que, enquanto as autoridades não derem acesso a um relatório detalhado da investigação, não poderá fazer novos comentários. Questionada se a Fifa não enxergava problemas em um executivo da empresa oficial que opera os ingressos da Copa vendendo entradas no valor total de US$ 600 mil, em dólares, em um hotel, ela respondeu:

- Vocês leram o pronunciamento, não vou comentar o pronunciamento da Match. Estamos esperando o fim das investigações, precisamos do resultado, do que exatamente aconteceu, para aí podermos comentar e tomar uma decisão. Recebemos explicações da Match, mas não posso comentar qualquer detalhe até que as autoridades nos forneçam mais informações. Soube que o delegado entregou o relatório ao Ministério Público, então estamos aguardado. Qualquer violação será sancionada, mas precisamos aguardar - repetiu Fischer.

Nenhum comentário

comentar
Sitevip Internet