O governo irá reduzir o número de pousos e decolagens durante os dias de jogos da Copa do Mundo de 2014 nas 12 cidades-sede. Cuiabá será uma das capitais em que a medida terá maior impacto. A ação é normal em realização de grandes eventos. As empresas aéreas discordaram da decisão.
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Segundo o jornal ‘O Globo’, as normas elaboradas pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), que é subordinado ao Ministério da Defesa e ao Comando da Aeronáutica, proíbem que as aeronaves realizem pousos e decolagens em aeroportos com distância inferior a 7,2 km das Arenas em dias de jogos da competição nas cidades. O período médio de fechamento dos aeroportos será de quatro a cinco horas.
Segundo o documento, a restrição começará a ter efeito uma hora antes da partida. Já no final da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Rio de Janeiro, o aeroporto Santos Dumont deixará de operar três horas antes do jogo. A restrição total chegará á sete horas.
Por conta disto as companhias terão duas opções para ‘contornar’ a situação: antecipar o voo ou adiar e mudar o local de embarque e desembarque. Para cidades como Rio de Janeiro o transtorno será menor, já que existe outro aeroporto na região metropolitana. Porém, os passageiros com destino à Cuiabá devem sofrer.
Isso porque não há aeroportos tão próximos da cidade com capacidade para receber aeronaves de grande porte. Um dos que poderia já estar apto a receber voos maiores seria o terminal de Rondonópolis, porém, as reformas não foram feitas e aviões maiores não podem operar no aeródromo. Com isso restam apenas opções distantes, como: Campo Grande (MS), Brasília (DF) e Goiânia (GO).
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, defendeu as regras alegando que elas são importantes para manter a segurança dos torcedores no estádio e evitar problemas como um possível ataque terrorista. Ainda disse que “não haverá aumento de custos. Nem para passageiros, nem para as companhias. Apenas alguns voos não serão feitos naquele período determinado e vão ter de se adaptar”.
O setor aéreo lamentou que esta medida não tenha sido tomada antes da elaboração da malha aérea criada para atender a demanda para a Copa do Mundo. As empresas aéreas ainda continuam vendendo passagens para os horários restritos.
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