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20/06/2014 - 11:33

Documentário faz alerta e mostra como traficantes de seres humanos agem durante a Copa

Da Redação - Darwin Júnior

Documentário faz alerta e mostra como traficantes de seres humanos agem durante a Copa
A Copa do Mundo trouxe muita festa, mas também seus riscos à sociedade, onde se inclui a vulnerabilidade ao tráfico de pessoas. Fazendo um alerta, um ex-traficante de seres humanos que preferiu ficar no anonimato, decidiu revelar sua história neste momento em que inúmeras vidas estão em jogo, especialmente pela realização da Copa, fator que tem favorecido muito o 'comércio de pessoas'. O vídeo está circulando as 12 sedes do Mundial.

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Para ajudar a proteger as vítimas potenciais, o traficante anônimo publicou um documentário intitulado ‘1 real. O outro lado da Moeda’, que sugere de alerta. Segundo o ex-traficante, o método é simples: o traficante encontra meninas ou mulheres de fora da cidade, investiga sua situação financeira e, em seguida, oferece-lhe uma vida melhor. Em pouco tempo, ele recruta facilmente garotas para o tráfico e lucro fora do país.

Confira o vídeo do documentário aqui:



O filme, que conta histórias de vítimas e sedutores, está sendo mostrado em todas as 12 cidades jogo da Copa do Mundo com a esperança de educar os moradores e visitantes sobre os crimes horripilantes.

Dados estatísticos apontam que todos os anos, 40 mil crianças e adolescentes desaparecem no Brasil e cerca de 15 por cento dos casos ficam sem solução, de acordo com OBI (Operation Blessing International), uma entidade que visa o combate ao tráfico de seres humanos, especialistas dizem que as chances de ser explorado aumentam drasticamente durante grandes eventos esportivos.

"Quando grandes eventos esportivos vêm à cidade, as meninas estão em risco pesado", afirma Bill Horan, presidente da OBI. Ele diz em um comunicado que "não muito longe de um local que sedia jogo da Copa, um membro da família ou traficante vai vender uma criança para um predador por um custo irrisório, mas aqueles que compram e vendem as vítimas farão uma quantidade considerável de dinheiro.

O ex-traficante que foi entrevistado no documentário disse que chegou a lucrar cerca de 20.000 dólares por cada vítima.

Além de mostrar o filme, a OBI pretende sensibilizar através da distribuição de cópias do documentário, distribuindo guias impressos para as meninas em localidades vulneráveis. Nesses folhetos, há informações sobre onde procurar ajuda. É muitas vezes, as vítimas mais jovens, são as mais vulneráveis. "Essas meninas vêm de extrema pobreza", afirma Antonia Lima Sousa, procuradora da República, em entrevista à CNN.

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