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 O coordenador de seleções Gilmar Rinaldi continua sendo criticado por seu passado como empresário de jogadores - função que ocupou por 14 anos antes de assumir o cargo na CBF. Para o presidente da entidade, José Maria Marin, não há nenhum problema.

- Todos nós sabíamos que o Gilmar era empresário. E sabíamos que sua vida seria levantada em todos os aspectos. Só me resta cumprimentá-lo. Posso garantir em relação ao homem Gilmar, a pessoa Gilmar, que não existe nenhuma restrição. Ele teve a coragem e a dignidade de deixar de ser agente Fifa.

Gilmar foi agente de jogadores e técnicos, como Adriano, Washington e Levir Culpi - mas já não consta da lista da Fifa de agentes credenciados a atuar no Brasil. Disse nesta terça-feira que já estava prestes a deixar a função quando foi chamado por Marin e Marco Polo Del Nero (presidente eleito da CBF) para assumir o cargo de coordenador de seleções.

- A minha vida sempre foi assim, minhas posições são claras, de frente. Eu sempre tive orgulho de ganhar dinheiro como empresário. Fui diretor do Flamengo. Eu falo o que as pessoas não gostam de ouvir. Tive orgulho de ser empresário, tentei fazer o melhor. E agora quero fazer meu melhor aqui. Fui convocado, e vocês vão poder julgar. Minha vida foi vasculhada e eu sabia disso - falei para a minha família que isso iria acontecer e que teriam mais orgulho de mim.

Foi Gilmar quem operou a volta de Dunga ao comando da seleção brasileira. A ele caberá escolher - junto com o treinador - os integrantes da nova comissão técnica.

- Sobre a desconfiança, não adianta agora explicar, nós temos que trabalhar. Vamos aceitar as críticas, as sugestões. Já estive conversando com muitos jogadores, muitos campeões do mundo, e outros vão ser chamados a conversar. Temos que ter a humildade de saber que é um trabalho coletivo.