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21/07/2014 - 17:26

História da seleção brasileira mostra que repetir técnico em Copa é um erro

ESPN

 A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve anunciar nesta terça-feira o retorno de Dunga ao comando da seleção brasileira, dando ao técnico da Copa do Mundo de 2010 sua segunda chance de ir ao Mundial. No passado, outros treinadores tiveram o mesmo "privilégio", mas não tiveram sorte.

Na história centenária da seleção brasileira, foram cinco os técnicos que sentaram no banco em duas Copas diferentes: Vicente Feola, Zagallo, Carlos Alberto Parreira, Luiz Felipe Scolari e Telê Santana. Em comum, todos pioraram o desempenho da "estreia", com resultados piores na segunda passagem.

O primeiro comandante a voltar para a seleção depois de já ter disputado um Mundial foi Feola, técnico campeão em 1958. Oito anos mais tarde, porém, foi responsável por uma das piores campanhas da equipe na Copa de 66, caindo ainda na primeira fase, terminando na 11ª posição (entre 16 times).

O próximo a ter uma "segunda chance" foi Zagallo - que ainda teria uma terceira oportunidade mais tarde. Em 1970, em sua estreia em Copas como técnico, foi campeão. Seguiu até 74 e caiu na semifinal, acabando em quarto. Em 98, voltaria a uma Copa e novamente ficou sem o bi, perdendo na decisão.

Nos números, Telê Santana poderia ser exceção nessa lista, já que em suas duas Copas (1982 e 1986) o Brasil ficou em quinto. No desempenho, porém, o primeiro Mundial do técnico não sai da cabeça dos amantes de futebol até hoje, pela maneira com que o time se apresentou - algo que não se repetiu quatro anos depois.

Já na década de 90, Carlos Alberto Parreira foi o técnico do tetracampeonato em 1994 e retornou ao comando da seleção em 2006. Se já com o título seu time não empolgou, na Alemanha seu desempenho foi bem pior, com uma eliminação nas quartas de final e muitas críticas pela preparação na Suíça.

Fechando a lista de "segundas chances" da CBF em Mundiais, a lembrança ainda fresca na memória: Luiz Felipe Scolari, pentacampeão em 2002, voltou para ser o técnico da seleção em 2014, na Copa no Brasil, e acabou humilhado pela Alemanha nas semifinais, com a goleada por 7 a 1.

Se Dunga seguir a lógica de queda na segunda passagem, a seleção brasileira não deve ir além das oitavas de final na Copa de 2018. No Mundial de 2010, o gaúcho foi com o Brasil até as quartas, mas acabou eliminado pela Holanda, que seria vice-campeã, com derrota por 2 a 1.

Em sua primeira passagem pela seleção, entre 2006 e 2010, Dunga comandou a seleção em 60 jogos, com 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas, sendo campeão da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações de 2009. Além disso, ficou na primeira colocação das eliminatórias para o Mundial.

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