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23/04/2013 - 17:20

Negócios com a Copa do Mundo ja rendem mais de R$ 100 milhões a micro e pequenos empresários

Agência Sebrae de noticias

Ainda falta pouco mais de um ano para a Copa do Mundo de 2014, mas para os pequenos negócios a bola já está em campo. O megaevento já rendeu mais de R$ 100 milhões em vendas para empresas de micro e pequeno porte de todo o país. No Rio de Janeiro, a Trelicon, pequena fábrica de material de construção, concluiu o fornecimento de lajes para a obra das quatro rampas de acesso ao Maracanã. Em Belo Horizonte, a Multi Horta, empresa de alimentos que abastece hotéis e restaurantes, teve seu espaço triplicado. Em Canela (RS), os funcionários do alambique Flor de Vale já falam inglês e espanhol para receber turistas estrangeiros que passarem por Porto Alegre durante o evento.

Desde 2011, o Sebrae realiza encontros de negócio para incentivar as micro e pequenas empresas a aproveitarem as oportunidades da Copa. Um levantamento encomendado pelo Sebrae à Fundação Getúlio Vargas mapeou 930 possibilidades de negócios em dez setores: agronegócio, madeira e móveis, vestuário, serviços, comércio varejista, construção civil, turismo, Economia Criativa, artesanato e tecnologia da informação.

As rodadas de negócio, realizadas em todas as cidades-sede, aproximou compradores e fornecedores. Os encontros, que acontecerão até 2014, têm como objetivo auxiliar as empresas de micro e pequeno porte a se tornarem mais competitivas. “Nossa missão é sensibilizar e preparar o empresário não apenas para aproveitar as oportunidades da Copa, mas principalmente para que sua empresa se torne mais apta a disputar o mercado no futuro. Esse é o grande legado dos eventos esportivos para os pequenos negócios”, afirma o presidente do Sebrae,
Luiz Barretto.

Inovação

A experiência no desenvolvimento de lajes que dispensam escoramento chamou a atenção de grandes construtoras para o trabalho realizado pela Trelicon. Dono da pequena fábrica de lajes pré-moldadas, José Luiz Monteiro, terminou no fim de 2012 o fornecimento de material para as quatro novas rampas de acesso ao estádio que sediará o jogo final da Copa. O contrato com a Odebrecht, responsável pela reforma do Maracanã, já rendeu R$ 2 millhões, mas o empresário pretende fechar novas vendas. “Estamos negociando o fornecimento dos pisos táteis, para deficientes visuais, que será colocado no entorno do Maracanã”, avisa. “Como o tamanho do piso é diferente que o habitual, mais largo, estamos trabalhando em um protótipo, com 25 centímetros de largura”.

Em Salvador, o empresário e engenheiro civil Raimundo Dórea percebeu a oportunidade que os grandes eventos esportivos poderiam trazer para a sua empresa, a Engpiso. “Para mim, a Copa começou em 2009 quando eu tracei um planejamento estratégico para me preparar para atuar nas obras de estádios de futebol”, afirma. O planejamento deu certo. Hoje, a Engpiso presta serviços na colocação dos pisos de concreto em dois estádios que receberão jogos no mundial: a Arena Fonte Nova (Salvador) e a Arena Pernambuco (Recife). As duas obras provocaram o incremento na receita mensal de U$ 300 mil. O prazo de fornecimento para as obras é de 20 meses.

Em 2010, Raimundo participou de uma missão na África do Sul para conhecer quatro arenas daquele país. “A experiência rendeu frutos. Pude estudar e me preparar para esses momentos”, diz. Fundada em 1994, a Engpiso começou com oito funcionários. Hoje, são 42. Raimundo conta que desde que as obras começaram o quadro de colaboradores foi ampliado em 25%. “Por meio de um projeto social com apenados junto com ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, contratei a mão de obra necessária para dar continuidade à obra”, informa. Raimundo também credita o sucesso na empreitada à parceria com o Sebrae, que realizou reuniões e deu suporte ao crescimento do negócio. “Você não vai sozinho a lugar nenhum. Há vários atores envolvidos”, ressalta.

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