As obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) sofreram um aumento, segundo o Portal da Transparência da Copa do Mundo de 2014. A atual previsão é que o investimento no novo modal chegue a quase R$ 1,6 bilhão. O governo tem corrido contra o tempo para entregar pelo menos uma das linhas prontas até o Mundial de 2014. A Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) alega que os R$ 100 milhões a mais, são para desapropriações e já estava previsto no projeto.
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O último montante contratado e previsto para as obras era de R$ 1.477.617.277,15 (R$ 1,47 bi). Porém, segundo o Portal da Transparência este valor deve chegar a R$ 1.577.600.000,00 (R$ 1,57 bi), o que dá um aumento de R$ 100 milhões.
Vale lembrar que parte deste valor – R$ 423.700.000,00 – foram recursos captados pelo governo junto a Caixa Econômica Federal. Até a última atualização do Portal da Transparência, pouco mais de R$ 267 milhões deste valor haviam sido liberados para as obras do novo modal.
No início, o projeto havia sido estimado em R$ 1,26 bilhão e a previsão era de que as obras estivessem prontas já em dezembro de 2013. Passados quase dois meses do prazo original as obras ainda são uma incógnita para a população cuiabana. Segundo a última atualização – realizado no dia 30 de setembro do ano passado – o percentual de execução física era de 41%.
O Consórcio VLT disse à reportagem do
Olhar Copa que "este assunto não é novo e o questionamento deve ser feito ao governo". A assessoria da Secopa afirmou que o custo do novo modal ficará em R$ 1,477 bilhão: "Esses R$ 100 milhões a mais que aparecem no Portal da Transparência, são referentes a desapropriações. Isto já foi definido desde o início do projeto".
O prefeito Mauro Mendes (PSB) chegou a declarar ao programa Conexão Poder da TV da Rondon (SBT), que nem um metro sequer do trilho estaria pronto para rodagem até o início do Mundial de 2014: “Torço para que fique pronto a tempo, mas acho muito difícil fazer uma obra desse tamanho em poucos meses“, disse ele afirmando ser engenheiro de formação.
Porém, Mauro garantiu que o projeto deixará um grande legado para a população: "mesmo não rodando no período do Mundial, o novo sistema de transporte da capital vai funcionar e será um importante legado para a capital mato-grossense".
Sobre as obras o secretário extraordinário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, explicou que “estamos trabalhando com o VLT para conclusão até o Mundial da linha 1, do Aeroporto ao CPA, mas priorizando para que esteja em pleno funcionamento do Aeroporto ao Porto. Toda a implantação da via permanente já iniciou. Toda a parte de trilhos no centro de manutenção já está instalada e agora começa o lançamento dos trilhos na Avenida João Ponce de Arruda e FEB [vias próximas ao Aeroporto]. Portanto, a conclusão total é para dezembro”.
O Centro de Manutenções (CM) do VLT, localizado em Várzea Grande, já recebeu nove composições do novo modal. Nas próximas semanas outros quatro novos trens devem chegar a Cuiabá vindo da Espanha. Eles já estão no Porto de Santos e aguardam a liberação para o transporte. A expectativa é que até maio, todos já estejam entregues.
Arena Pantanal - O VLT não foi o único que ficou mais caro. A Arena Pantanal que inicialmente custaria menos de R$ 400 milhões, deve ultrapassar os R$ 570 milhões, segundo o Portal da Transparência. O aumento no preço foi ‘bancado’ pelo próprio governo do Estado, já que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) financiou apenas R$ 339 milhões.
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