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17/07/2014 - 11:40

Oswaldo critica formação extracampo do atleta brasileiro e enaltece coletivo

Globo Esporte

 A Copa do Mundo terminou há três dias, mas o assunto ainda repercute entre os treinadores brasileiros, ainda mais depois do fracasso da Seleção. Oswaldo de Oliveira, do Santos, reconheceu que é preciso uma reformulação no futebol do país, especialmente na formação geral dos atletas – ou seja, além das quatro linhas.

- Há muitos detalhes para serem levados em consideração. Além de reformular a estrutura técnica da CBF, precisamos mudar muito fora de campo e na formação dos jogadores. Não só no futebol, mas na sociedade em geral. Fica claro que os países que se desenvolveram mais são os que têm sistemas educacionais, evolução pedagógica, didática... Temos os exemplos dos Estados Unidos, mesmo o Japão, que esteve nas últimas Copas – analisou.

- O jogador que tem melhor educação aprende muito melhor o que é ministrado nos treinos. Aqui (no Brasil) temos muita defasagem, desperdício. Vocês (jornalistas) lembram de algum jogador alemão rebelde, envolvido com drogas, alcoólatra? Eu não lembro. De lá para cá, eles não desperdiçaram ninguém. Os craques dessa seleção sempre jogaram – emendou.

Oswaldo também destacou que o futebol, atualmente, é mais dependente do coletivo que de um craque que, em um lance de genialidade, decida as partidas. Ele lembrou, inclusive, que equipes que dependiam muito de seus astros não tiveram sucesso no Mundial.

- Em um momento em que o futebol passa a não depender tanto do craque, o coletivo é que vai comandar. Quando se tem 11 jogadores, não pode um só decidir. Cristiano Ronaldo não decidiu para Portugal, o Messi para a Argentina e o Neymar para o Brasil. Quem decidiu a Copa foram aqueles que, juntos, formaram um grande time e fizeram o que fizeram conosco – avaliou, em referência à goleada aplicada pela Alemanha, por 7 a 1, sobre o time de Luiz Felipe Scolari.

Questionado se aceitaria comandar a seleção brasileira, Oswaldo desconversou, ponderando a possibilidade de um técnico estrangeiro assumir o cargo.

- Eu trabalho no Santos, um dos melhores times do Brasil. Se vier um convite para a Seleção, estou pronto para responder. Quanto a treinadores estrangeiros, isso é algo que CBF teria que ver com cuidado. Transcende a minha opinião. Claro que, por ser brasileiro, eu preferia que (o treinador) fosse brasileiro. Existe todo um envolvimento no caso de termos de contar com um estrangeiro. Questão de adaptação, uma série de coisas que eu acho que teriam que ser levadas em conta – encerrou.

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