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23/07/2014 - 10:29

Parreira diz que foi Felipão quem não quis mais privacidade na Granja

ESPN

 Agora um torcedor comum, Carlos Alberto Parreira gostou e aprovou a escolha de Dunga como novo técnico do Brasil. Ex-coordenador da seleção, o parceiro de Luiz Felipe Scolari na última Copa do Mundo não guarda mágoas da sua saída, que aconteceu há pouco mais de uma semana, assistiu à toda a coletiva de imprensa de apresentação do novo treinador e acredita que a dupla do time de 94 "tem tudo para dar certo".

Depois do impacto da demissão, Parreira entende agora de cabeça mais fria que a mudança foi mais do que justa. Em entrevista para o ESPN.com.br, o ex-membro da comissão técnica nos últimos dois anos diz que realizou um sonho de ter feito parte do Mundial do Brasil, embora tenha saído derrotado, e que deixou para a nova delegação algumas sugestões, entre elas a necessidade urgente de transformar o futebol brasileiro.

"Eu cheguei em casa quando a entrevista estava começando. Assisti inteira. O Dunga voltou mais maduro. A vida é assim. Tem tudo para dar certo. Ele até foi bem sucedido na primeira passagem. Ele é sério, pragmático, transparente, trabalhador, tem a essência boa. A motivação que eu tinha era a seleção e a Copa do Brasil. A vida agora continua. Foi uma perda, parecida com uma perda familiar, é verdade, um pouco menor, mas a vida segue", afirma Parreira.

Na entrevista, o coordenador falou sobre os treinos na Granja Comary, sem privacidade alguma. Diz que isso poderia mudar com grades e lonas, mas que Felipão optou por manter tudo aberto.

O técnico do tetra entregou nesta terça-feira, justamente no dia da apresentação do novo treinador, o famoso relatório prometido, elaborado também com Felipão, sobre todo trabalho realizado de preparação e durante a Copa do Mundo. E fez um pedido, de que o documento também chegasse às mãos de seu sucessor, o ex-empresário Gilmar Rinaldi.

"A gente entregou hoje (terça) o relatório. Não tem nada de novo, todo mundo sabe o que tem de ser feito. Engenheiro de obra pronta é o que mais tem nesse mundo. O difícil é saber como fazer. Inclusive a gente pediu para entregar uma cópia para o Gilmar Rinaldi. Para reforçar a nossa posição sobre tudo. Um conselho para quem chega: a primeira coisa é pensar na seleção brasileira, não perder o foco, mas também pensar no futebol brasileiro. Não existe seleção forte com clube fraco. É a realidade do futebol que tem de mudar", defende.

"Não há mágoa nenhuma. Quando você ganha, você tem de sair. Dificilmente você repete o feito duas vezes seguidas. Se quando você ganha você sai, quando não ganha não tem discussão nenhuma. Tem de sair e pronto. Foi a decisão certa", completa.

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