Depois de Jérôme Valcke e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi a vez do coordenador técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira exaltar Cuiabá como uma das cidades da Copa do Mundo de 2014 que souberam aproveitar o fato de sediar jogos do evento. Em entrevista veiculada no jornal Valor Econômico desta terça-feira (08), o braço-direito do técnico Felipão, falou sobre a importância da Copa no Brasil, citando Cuiabá como exemplo de legado.
Leia mais:
Valcke descarta suspensão de jogos e usa Cuiabá como exemplo de legado
Dilma: maior legado da Copa é autoestima elevada
“Para nós, foi muito bom que a Copa tivesse sido aqui. Em Cuiabá, por exemplo, se não fosse a Copa, a cidade não teria dezenas de obras. Algumas ficaram prontas a tempo, outras não, mas vão ficar prontas. E por causa da Copa. Isso não vai acontecer lá fora”, afirmou.
Cuiabá passou por um grande período de transformação, no último ano com investimento em 56 obras. Destas, 26 já foram entregues concluídas ou parcialmente. Algumas obras seguem em andamento e devem ser entregues em breve, segundo o Governo do Estado.
De acordo com o Valor Econômico, além das benfeitorias que o Mundial trouxe, houve também um grande movimento econômico na cidade como valorização de imóveis nos arredores da Arena Pantanal em 45%, gastos em relação ao ano passado de aproximadamente 1000% maiores nas compras com o cartão Visa pelos turistas, comércio lotado, visibilidade mundial, entre outros.
O Governo do Estado investiu mais de R$ 3 bilhões em obras em Cuiabá e Várzea Grande. A maior delas é a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) com um custo estimado em 1,47 bilhão, sem contar os gastos com desapropriação. A segunda obra mais cara é a Arena Pantanal, que ultrapassou os R$ 600 milhões. A ampliação e reforma do aeroporto Marechal Rondon vem a seguir como a terceira obra mais cara, com um custo de quase R$ 90 milhões.
No conjunto de obras da travessia urbana (viadutos, trincheiras, duplicações, alargamentos) a mais cara foi a 'trincheirona' da Jurumirim, com um preço superior a R$ 50 milhões. Cuiabá ainda recebeu investimentos na área de segurança - centro de comando integrado - que também ficaram como legado para a população. Apenas o setor de turismo, que podia ter feito a diferença, deixou a desejar.
Leia mais sobre o Mundial 2014 no Olhar Copa