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07/07/2014 - 17:07

Revista Época afirma que futebol americano é a esperança de ocupação para a Arena Pantanal

Da Redação - Darwin Júnior

Foto: Jardel P. Arruda/Olhar Direto

Revista Época afirma que futebol americano é a esperança de ocupação para a Arena Pantanal
O futebol americano é a grande esperança para que a Arena Pantanal seja ocupada e não vire um ‘elefante branco’, como preconiza a mídia nacional. A projeção é da revista Época em uma matéria onde analisa o legado da Copa do Mundo em Cuiabá. Segundo a publicação, com o título 'O futebol será agora com as mãos', a expectativa é de que o futebol americano se torne o esporte número um na cidade que tem hoje um time bicampeão brasileiro e desponta como grande força na elite nacional. Segundo a revista Época, Cuiabá a ‘capital do futebol americano’ no país e uma ‘especialista’ nesse esporte.

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A Revista Época fala de previsões de que as arenas de Cuiabá, Manaus, Natal e Brasília se tornarão grandes ‘elefantes brancos’ após a Copa do Mundo. Para Cuiabá, a sugestão é de que a cidade que hoje não conta com nenhum clube na primeira divisão do futebol brasileiro, troque os pés pelas mãos. O argumento é de que o Cuiabá Arsenal é o grande orgulho dos mato-grossenses, despontando como ‘principal alternativa de aproveitamento do estádio no futuro’. A matéria ainda lembra que no ano passado, em seus 78 jogos somados, só foram somados 44.926 pagantes.

A Época ainda fala sobre o legado da mobilidade urbana em Cuiabá, ressaltando que o investimento total previsto para melhorias na cidade, somando aeroporto, estádio e obras de mobilidade urbana, é da ordem de R$ 3 bilhões. De um total de 56 obras que deveriam ter sido realizadas para o Mundial, cerca de 60% foram concluídas, segundo a Secopa. A secretaria também afirma, numa previsão otimista, que, dentro de 60 dias, o percentual de melhorias concluídas alcançará 95%, diz a revista.


Time do Cuiabá Arsenal: esperança de ocupação para a Arena Pantanal após o Mundial 2014. Foto: reprodução

Confira a matéria publicada pela revista Época ou veja no link da revist aqui

A Copa em Cuiabá não se resumiu ao estádio, que prometia um custo de R$ 420 milhões e acabou saindo por mais de R$ 600 milhões. O investimento total previsto para melhorias na cidade, somando aeroporto, estádio e obras de mobilidade urbana, é da ordem de R$ 3 bilhões. De um total de 56 obras que deveriam ter sido realizadas para o Mundial, cerca de 60% foram concluídas, segundo a Secopa. A secretaria também afirma, numa previsão otimista, que, dentro de 60 dias, o percentual de melhorias concluídas alcançará 95%. “A cidade realmente recebeu muitas obras. Nosso faturamento caiu de 15% a 20% no período de mais obras, porque a gente não conseguia andar”, diz o taxista Elias Cândido. Ele afirma que gastava uma hora da região central da cidade até o aeroporto. Agora, numa Cuiabá menos caótica, faz o mesmo percurso em 15 minutos, dependendo do horário. Segundo ele, se as obras em andamento terminarem, o legado da Copa para a cidade será real. “Se todas que começaram terminarem, Cuiabá ganhará muito mesmo. Mas tenho medo de que não concluam o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos, uma espécie de bonde). Hoje dizem que ele era para os cuiabanos, e não para os turistas. Mas estava nas obras da Copa”, afirma Cândido.

O VLT é a maior obra já licitada na capital mato-grossense. Com investimento de mais de R$ 1,4 bilhão, a construção do sistema de metrô de superfície era prometida como maior legado para a região metropolitana de Cuiabá. Com mais de 22 quilômetros de extensão, ele surgiu como a principal proposta para resolver grande parte dos problemas de mobilidade da cidade. Os atrasos das obras superaram qualquer expectativa pessimista, e a população parece preocupada com o que poderá acontecer após a Copa. “O que prometeram, no geral, não cumpriram. Acredito que possa ficar abandonado após a Copa. O VLT, só acredito vendo”, diz o advogado Leonardo Vilas Boas. Para ele, várias obras foram disfarçadas para o Mundial. Segundo o secretário Guimarães, “a garantia de que o VLT sairá é real, tanto que não paramos nem durante a Copa”. O servidor público Jaime Garcia está otimista. “Uma Copa no Brasil, ainda mais nesta região tão esquecida, não dá para torcer contra. E vai ficar legado, sim. O trânsito melhorou muito, apesar de as obras ainda não estarem concluídas”, afirma Garcia. Para ele, a marca ruim deixada pela Copa foram as denúncias de desvios de recursos. “Foi um ponto negativo, mas aí o povo tem de saber escolher quem coloca lá”, afirma. Garcia refere-se à soma de denúncias do Ministério Público Estadual, que fizeram com que o Tribunal de Contas do Estado embargasse obras como o VLT, por suspeitas de irregularidades nos projetos e na licitação. O governo estadual sempre negou qualquer irregularidade.

Do ponto de vista turístico, a Copa em Cuiabá pode ser considerada um sucesso. É difícil encontrar taxistas, restaurantes ou hotéis que não tenham aumentado consideravelmente os rendimentos nas duas semanas da festa do futebol. A cidade recebeu milhares de chilenos para o jogo entre Chile e Austrália e comemorou os 98% de ocupação de seus hotéis. Seus leitos atingiram ocupação total para a última partida, entre Colômbia e Japão. Alguns torcedores chegaram a ter de se hospedar em Primavera do Leste, cidade a mais de 200 quilômetros de Cuiabá. Segundo a Secopa, a cidade recebeu 100 mil turistas durante o Mundial. O Ministério do Turismo calcula que tenham deixado em Mato Grosso mais de R$ 300 milhões. “Se você pegar os últimos dez dias, já começamos a ver no mundo algumas notícias da felicidade das pessoas de terem ido ao Pantanal”, diz Guimarães. “O mundo está vendo a Chapada dos Guimarães, o Pantanal, então acho que vale a pena.” O recorde de público da Arena Pantanal na Copa foi estabelecido na partida entre Bósnia e Nigéria, pelo Grupo F, no dia 21 de junho: 40.500 pessoas. Isso num jogo entre duas seleções com pouca história no futebol, representantes de países distantes. O telão montado pela Fifa Fan Fest em Cuiabá atraiu mais de 45 mil pessoas, durante a vitória do Brasil sobre Camarões, na semana passada. O local já recebera 43 mil pessoas para ver o jogo entre Brasil e México, e 17 mil acompanharam no telão a abertura do Mundial – vitória do Brasil sobre a Croácia.

Os mato-grossenses fizeram sua parte – torceram, gastaram, festejaram. Desde a semana passada, não há mais Copa do Mundo em Cuiabá. A realidade local será novamente marcada pelas obras, cuja conclusão voltará a ser cobrada – agora sem a pressão originada pelo calendário do Mundial. Mesmo que a bola oval do futebol americano consiga trazer um futuro promissor à custosa Arena Pantanal, fora dela os objetivos traçados pelas autoridades de Mato Grosso estão longe de alcançados. A ressaca da Copa em Cuiabá poderá ser dolorosa, caso a cidade não avance o que pretendia. Os torcedores e os atletas foram embora, mas as promessas feitas aos moradores de Cuiabá ficam.
 

Leia mais sobre o Mundial 2014 no Olhar Copa

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por ze, em 08/07/2014 às 19:21
Pelo menos o Cuiabá Arsenal foi bi campeão brasileiro! E o futebol tradicional mato grossense quantas vezes foi campeão brasileiro?
por Heitor, em 08/07/2014 às 15:29
Ah sim , aqui em Cuiabá o futebol americano já encantou inúmeros torcedores, assim como eu, que apesar de pouco tempo conhecer, já me encanto. No ano da Copa, quem vai ser campeão é o Cuiabá Arsenal! Pra cima deles Arsenal !
por Anderson, em 08/07/2014 às 12:22
Hein Roberto? Vc sabe do que está falando ou é mais um grande gênio dando opiniões inúteis... Parkinson?
por Newton, em 08/07/2014 às 10:39
Que assim seja! Independente de gostar ou não de futebol tradicional, americano, handebol, volei, bolita, seja qual esporte for, se for Cuiabá tiver a oportunidade de mostrar o que tem de melhor no esporte, temos mais é que torcer e incentivar o esporte no nosso estado. Parabéns ao Cuiabá Arsenal e toda a luta que vocês vem travando.
por ALDAIR, em 08/07/2014 às 09:09
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por Roberto, em 08/07/2014 às 09:00
Esse futebol americano devia mudar o nome para Handebol para ignorantes...! Daqui uns anos está a sua maioria tomando remédio pro mal parkinson . . . .
por Rodrigo, em 07/07/2014 às 23:09
Fala sério, esse futebol americano é uma coisa muito chata, não tem nada de mais chato, insuportável, o futebol tradicional se vê jogar em qualquer lugar no Brasil, nos campinhos, ruas,etc., o mesmo não se vê com o futebol americano, ou seja americano e não brasileiro.
por CMC, em 07/07/2014 às 22:25
Se juntar todas "informações" de Revista Veja, época, Site Uol, Folha de SP, etc e tal, tornarão os brasileiros no povo mais imbecil do mundo, com suas notícias compradas e tendenciosas! Só idiotas não percebem isso!
por fabio brueh, em 07/07/2014 às 21:34
prefiro mil vezes ver um futebol americano, do que ver uma porcaria de times da 3 ou 4 divisão jogando o brasileiro... sem contar no terrivel campeonato matogrossense, que nao tem tradicao nenhuma, só pros donos dos times e seus paiol.... o verdao ficou anos sem ser usado p nada, entao se for p nao ser usado, pode demolir esse estadio...
por DOMINGOS, em 07/07/2014 às 20:36
A midia nacional, não satisfeita com o sucesso da copa em Cuiabá, fica pirraçando com brincadeiras sem sentido. Ora, se a Arena atender a esse esporte, que mal há nisso? Mas elefante branco, nunca será!
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