Notícias / Arena Pantanal

03/04/2014 - 10:15

Secretário: "Evidente que esta arena, não sobrevive nos próximos seis anos com futebol"

Da Redação - Wesley Santiago

Foto: Reprodução/ESPN Brasil

Secretário (meio) explica a PVC (esquerda) e Paulo Calçade (direita) situação das obras em Cuiabá

Secretário (meio) explica a PVC (esquerda) e Paulo Calçade (direita) situação das obras em Cuiabá

O secretário extraordinário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, afirmou em entrevista a ESPN Brasil, antes do início do jogo entre Mixto e Santos (SP), pela Copa do Brasil, que a Arena Pantanal não irá ‘sobreviver’ os próximos seis anos só com futebol. Reformulações foram garantidas por Maurício, porém, resultados só devem aparecer posteriormente.

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O comentarista Paulo Vinicius Coelho (PVC), voltou a dizer que os profissionais do canal, que vieram até Cuiabá para transmitir a inauguração da Arena Pantanal, tomaram um susto com a situação da cidade e do aeroporto. Ele ainda disse que o estádio está ficando bonito: “Está ficando, porque ainda não está pronto, mas hoje é um evento-teste”.

Questionado por PVC se os turistas das seleções que vem a Cuiabá jogar pela Copa do Mundo de 2014, também vão levar um susto, Maurício explicou que: “Não. Nós estamos finalizando as obras que são essenciais para a Copa do Mundo. O aeroporto, o acesso deste local até o centro da cidade, as rotas protocolares, estarão prontas”.

Porém, ele confirmou que a cidade continuará com algumas obras: “Nós conseguimos aproveitar todas as oportunidades, mas nem todas vão concluir agora para a Copa do Mundo. Aquela visão que você teve no aeroporto hoje, daqui a trinta dias você não terá mais”, prometeu Maurício.

O comentarista Paulo Calçade indagou o secretário sobre a possibilidade de uma união de forças para revitalizar o futebol do Estado, que respondeu: “Nosso futebol já vem passando por uma melhoria, desde uma profissionalização agora, mais recente. Nós temos um time já na Série B do Campeonato Brasileiro (Luverdense). Tudo isso está passando por uma reformulação”.

Maurício ainda pediu um ‘empurrão’ do poder público para tentar alavancar o futebol não só de Mato Grosso, como também do Centro Oeste brasileiro: “Nós estamos buscando isso para tornar o futebol auto-sustentável. Evidente que esta arena, não sobrevive nos próximos cinco, seis anos com futebol, mesmo que ele melhore a ponto de termos uma equipe na Série A. Por isso ele tem uma concepção diferenciada, será feita uma concessão pública e ele terá a possibilidade de se manter com outras atividades”.

Confira AQUI a entrevista do Secretário Maurício Guimarães para a ESPN Brasil

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Exibindo de "01" à "10" do total de "20"

por FPG, em 04/04/2014 às 10:43
Todos estes transtornos são legados do nobre Senador Blairo, Já que foi ele quem trouxe a copa para Cuiabá, então que acompanhasse até o desfecho final, pois a pessoa que ele elegeu em seu lugar provou com todas as letras que não tem capacidade para administrar, CUIABA E VARZEA GRANDE SENTIRÃO ESTES TRANSTORNOS POR DECADAS, QUANDO ENTRAREM OUTROS NOMES NO GOVERNO NÃO TERA INTERESSE ALGUM EM TERMINAR ESTAS OBRAS QUE JÁ FORAM PAGAS POREM NÃO ACABADAS.
por Gilston Mtes, em 04/04/2014 às 09:08
Concordo com o comentário da paula, em 03/04/2014 às 18:01, e não concordo com o meu chara Matheus, em 03/04/2014 às 23:25. O mérito é do governador e o presidente da AL na época J. Riva que tiveram coragens de buscar os recursos La com a dona Dilma em Brasília, portanto e quem vai pagar esta divida é o tesouro nacional chamado governo federal. O Estado só vai pagar, quero dizer, nós só vamos pagar o Estádio da Arena Pantanal. Toda hora ta nas tevês as propagandas do governo federal, falando que esta construindo as obras em Cuiabá inclusive o VLT. Até as UPAs do prometido Mauro Mendes, é o governo federal que ta fazendo e pagando. Pelo menos ta na propaganda.
por CMC, em 04/04/2014 às 08:43
LUIZÃO, é mais interessante financeiramente, Mato Grosso receber Autralia, Japão, Rússia, Coréia do Sul, Chile, que são países emergentes, populosos, alguns são potências mundiais e estão investindo no Brasil, do que receber uma Espanha quebrada, com quase metade da população desempregada, alem de não gostar de brasileiros e não investe no Brasil,
por antonio, em 04/04/2014 às 08:39
enquanto isto, no jornal da Band desta quinta-feira, mostrou que no pronto socorro de cuiabá carregam os doentes EM CADEIRAS, POR FALTA DE MACAS, um verdadeiro absurdo, em vez de gastaram milhões com copa do mundo e estádios que não terão serventia depois da copa, deveriam melhorar a saúde, a educação, a segurança pública e as estradas, o que estão fazendo com o país é um verdadeiro crime.
por PEDRO, em 04/04/2014 às 07:14
Aos que defendem a copa de merda, torço para que vocês não precisem de hospitais..policia...educação, por que se precisarem vão na ARENA BOSTANAL.
por Matheus, em 03/04/2014 às 23:25
Paula, primeiramente o fato de ir ao novo estádio não diz que ele está empolgado com a copa. Para o matogrossense, especialmente o cuiabano, é um momento especial ir ao estádio sabendo que seu time está vivendo um momento importante, e convenhamos que o mixto não tem algo assim há muito. Dito isso, a queixa sobre a copa é muito válida. Claramente nossa cidade foi escolhida por jogo de interesses, e, possivelmente, através de favorecimentos, fomos escolhidos. Você jura que será maravilhosa essa copa? Isso é uma piada. Qualquer pessoa que tenha um nível de instrução, por menor que seja, enxerga que definitivamente o cuiabano só verá a repetição da história que só aproveitam as coisas boas quem tem um sobrenome de peso. Resta a nós esperar esse furacão passar, e aproveitarmos os destroços, já que depois dele, haverá pouco recurso e os cofres, provavelmente estarão vazios. Corram para as colinas, a copa está chegando.
por rodrigo, em 03/04/2014 às 19:15
....mandaram amadores fazer serviço de profissional. Tá aí! Passaremos vergonha! E muita vergonha! Essa copa em Cuiabá é como se fizéssemos uma casa só até a laje, sem reboco ou telhado e chamasse a "gurizada" para ficar na sua casa com apenas contrapiso para um "churrascão" na piscina que ainda está apenas concretada. E ainda o convidado paga de bacana devendo $$$ para todo lado. Copa 2014 Cuiabá. Obrigado Silval! Obrigado Secopa! Silval Obra Inacabada é o cara!!! Valeuuuu!!!!!
por paula, em 03/04/2014 às 18:01
O que eu acha engraçado é que a maioria dessas pessoas que são contra a contrução do estadio são os primeiro a chegar na arena,e qdo Cuiabá foi escolhido para ser umas das sedes tdos sairam nas ruas para comemorar agora vem criticar,povo mesquinhos que adora fazer barrulho,será que vcs acharam que os jogos iam ser mandado no antigo verdão????
por Luizão/ Rondonópolis, em 03/04/2014 às 17:28
Pense no Brasil, no Mato Grosso, na inauguração da Arena Pantanal ontem. 2 de abril de 2014. Elefante branco assumido para 40 mil lugares. Com o futebol fraquíssimo de Cuiabá, o estádio é um exagero criminoso. Custou até agora R$ 570 milhões. Exatos 100% do dinheiro público. Terá serventia garantida por 11 dias. Sediará quatro jogos da fase de classificação. A sorte reservou partidas sem destaque algum. Chile x Austrália, Rússia x Coreia do Sul... Nigéria x Bósnia-Herzegovina e Japão x Colômbia. O primeiro jogo, entre chilenos e australianos, será no dia 13 de junho. O último, entre japoneses e colombianos, dia 24 de junho. E acabou a Copa do Mundo para a Arena Pantanal. Apesar de o país saber que sediaria a Copa em 2007, a obra começou em 2010. A data que o governo do Mato Grosso se comprometeu a entregar a obra... Dezembro de 2012. Sim, 2012. Ela foi inaugurada ontem. Com cerca de 97% pronta. Os alegados 3% que faltavam foram complicados. Os relatos de quem esteve lá não deixam dúvidas. Sem obras básicas de acesso, a lama dominou a entrada do estádio. Marcos LamdimTCCA03 A Arena Pantanal envergonha o país. Segrega operários e seus familiares. Tiveram de sentar no cimento. Longe das cadeiras que instalaram ou dos camarotes que construíram. Este é o Brasil... Banheiros sem água, outros entupidos. As bilheterias eletrônicas não funcionavam. Vários lugares com o cimento exposto, sem a colocação de piso. Falta de iluminação ao redor da arena. Não havia lugar para cadeirantes. Eles foram colocados nos corredores, das arquibancadas. O que é proibido em qualquer lugar civilizado do planeta. Goteiras nos corredores do estádio. E agora vem o problema ainda mais revoltante. Das 40 mil cadeiras, apenas houve tempo para a instalação de 20 mil. Elas foram vendidas. Nos camarotes confortáveis havia comida e bebida liberadas. Mas só para os convidados do governo. Para eles foi uma comilança gratuita. O Mixto recebeu o time reserva do Santos pela Copa do Brasil. Foi um triste 0 a 0. Mas vale a pena analisar foi a situação dos 1.200 operários convidados. Vários levaram mulheres e filhos. Estavam todos orgulhosos. O que seria um gesto nobre do governo, na prática, acabou indecente. Os homens que trabalharam para levantar o estádio foram segregados. Tiveram de ficar em um lugar separado dos torcedores normais. Havia portão diferente que garantia a falta de contato. Só poderiam usar os banheiros que estavam no seu setor. Assim também como as lanchonetes. Mal providas, a comida logo acabou. Mesmo assim não podiam circular pelo estádio buscando alimento. E a cereja do bolo. Não havia cadeira alguma para os operários. Tinham de sentar no cimento. Cadeira só para quem pagou ou foi convidado. Humilhação para os trabalhadores. Segregação na sua forma mais pura. Quem assistir 12 anos de Escravidão vai poder comparar. Quando há um culto religioso, os brancos confortáveis de um lado. Os negros, amontoados, do outro. "Trabalhamos duro aqui e não pudemos nem sentar nas cadeiras. No bar que tivemos acesso, não tinha comida. Acho uma sacanagem conosco, já que fizemos parte dessa construção. Na hora da parte boa, nos deixam desse jeito." O desabafo foi do montador Edinaldo Santana. Ele teve coragem de se identificar. Falou ao Globoesporte.com. Vários outros operários reclamavam mas tinham medo de represálias. E não diziam seus nomes aos repórteres que estavam lá. O que pode até custar caro ao indignado Edinaldo. Em coletiva, o secretário da Secopa do Mato Grosso, Marcelo Guimarães falou. Estava feliz. "Saio muito satisfeito. Com o resultado da partida, já que o Mixto levou o jogo para a Vila Belmiro, e com o comportamento da população. As pessoas vieram para ver um grande jogo, para conhecer uma arena de primeiro mundo. Se sentiram dentro de um estádio fora do que estavam acostumados. Foi muito positivo. Ainda falta muito trabalho para que estejamos aptos a realizar a Copa do Mundo. Porém, todas as forças funcionaram dentro da normalidade. Governo, segurança, saúde, trânsito, e a evacuação do estádio foi muito boa. Em menos de três minutos já não havia mais torcedores dentro do estádio." Lógico, não falou uma palavra sobre a condição dos operários no jogo. Nem lembro do pedaço do estádio, em cima. Onde só havia cimento para sentar. A Arena Pantanal envergonha o país. Segrega operários e seus familiares. Tiveram de sentar no cimento. Longe das cadeiras que instalaram ou dos camarotes que construíram. Este é o Brasil... Foi como se eles não existissem. Os que vestiram suas melhores roupas, levaram mulheres e filhos. E foram colocados para sentar no cimento. Até para preencher o vazio da obra incompleta. Tristes figurantes de mais um estádio atrasado... Mas de lá podiam ver quem tinha dinheiro desfrutar das cadeiras. Cadeiras que eles mesmos instalaram e não puderam sentar. E os amigos do governo se esbaldar nos camarotes. Camarotes que construíram e não puderam chegar perto. E depois ir embora pelos portões por onde entraram. Sem o menor contato com quem pagou ou foi convidado para os camarotes. Vergonhoso. Esse foi apenas um exemplo perdido de como as coisas acontecem no Brasil. País que onde a discriminação é escancarada. Que chegue logo a Copa do Mundo em Cuiabá. Com suas quatro partidas da fase de classificação. 11 dias de utilidade real. Depois? Ninguém sabe. Ninguém quer saber. Assim o país gastou mais R$ 570 milhões dos seus cofres públicos. E ainda por cima aproveitou para lembrar ao mundo. Lugar de gente pobre é no cimento, longe dos abastados. Como se tivessem lepra. Fossem os intocáveis na Índia. Ou simplesmente negros no Mississipi dos anos 60. Esses mesmos abastados vão ao cinema no shopping center de Cuiabá. E choram ultrajados vendo 12 Anos de Escravidão. Que Brasil é esse?
por Valdenir, em 03/04/2014 às 17:28
Sem duvida que a Arena Pantanal é apenas um oásis em meio a um deserto de obras inacabadas e outras que ainda nem saíram do papel. Cuiabá e Várzea Grande estão sucateadas estruturalmente vitimas em comum de desvios de recursos públicos. As nossas estradas estão acabadas. Vejam o exemplo do trecho Primavera do Leste/Paranatinga.
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