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16/07/2014 - 09:20

Secretário defende custo de arenas e diz que está na média de outras Copas

Sportv

  Durante todo o período de obras dos estádios que receberam a Copa do Mundo de 2014, as críticas aos custos das arenas foram inúmeras, mas há quem defenda o gasto, como o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, que nesta terça-feira esteve no “Arena SporTV”. Ele cita o estudo de uma instituição dinamarquesa para demonstrar que os valores são os mesmos de outras Copas anteriores e, além disso, defende o Mané Garrincha, o estádio mais caro do Mundial, que pode atingir quase R$ 2 bilhões.

- Queria questionar o “custo astronômico”. Há uma instituição de pesquisa sobre o esporte, da Dinamarca, chamada "Play The Game", e eles fizeram um custo médio dos estádios por assento da Copa do Mundo do Brasil, da África do Sul, da Alemanha, e da Coreia do Sul/Japão. Com exceção da Alemanha, que já partiu de estádios já montados para fazer pequenas modernizações, o custo médio do assento dos estádios no Brasil está alinhado, não difere, da média que foi praticado na Coreia, no Japão e na África do Sul. O custo médio dos estádios da Eurocopa da França (em 2016), que é de US$ 400 milhões de dólares, é maior do que o custo médio dos estádios da Copa do Brasil - afirmou.

Em Brasília, o custo do Mané Garrincha apontado pelo governo do Distrito Federal é de R$ 1,4 bilhão, podendo chegar a R$ 2 bilhões, segundo o Tribunal de Contas do Distrito Federal. Segundo Luis Fernandes, o possível “elefante branco” já atingiu desde sua inauguração um público três vezes maior que o somado em toda sua história anterior.

- Havia muita dúvida se o estádio Mané Garrincha teria sustentabilidade econômica após a Copa do Mundo. A aposta feita pelo governo do Distrito Federal, e eu a defendo, foi correta. Brasília é a capital do Brasil, tem um simbolismo próprio, uma atratividade própria. Concebendo aquele estádio como uma arena multiuso, seria possível dar sustentabilidade econômica à operação do estádio após a Copa do Mundo e atrair turistas, promover cadeias econômicas associadas ao turismo e à própria operação do estádio. O caso do Mané Garrincha é interessante porque é o único dos que foram apontados como possíveis elefantes brancos que foi usado na Copa das Confederações. Então, nós já podemos fazer um balanço de como ele foi utilizado após a sua inauguração, sem mencionar a Copa do Mundo, e o público que ele reuniu nos variados eventos que promoveu foi três vezes maior do que o público total do estádio Mané Garrincha nos seus 40 anos de existência anterior. Me parece uma aposta acertada e viável feita pelo Distrito Federal.

Na soma total foram gastos R$ 7,8 bilhões na construção ou reforma dos 12 estádios utilizados na Copa do Mundo do Brasil, sendo três deles privados: Beira-Rio, Arena Corinthians e Arena da Baixada. Os demais foram: Maracanã, Mineirão, Arena Pantanal, Mané Garrincha, Arena Pernambuco, Fonte Nova, Castelão, Arena da Amazônia e Arena das Dunas. Segundo o secretário, todos tiveram estudos de viabilidade antes das obras e investimentos, principalmente público.

- Cada estádio destes - não é o caso nem do Mané Garrincha, que é o único dos 12 que não teve financiamento do BNDES, os outros tiveram financiamento até o teto de 400 milhões e nem todos atingiram esse teto - teve estudos de viabilidade econômica, associados aos financiamentos que os viabilizaram. Essa era uma das equações, ver se havia capacidade de sustentabilidade para os estádios depois da Copa - concluiu Luis Fernandes.

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