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14/07/2014 - 18:20

Trade turístico se mobiliza por retorno de voo internacional no Marechal Rondon

Da Redação - Darwin Júnior

Foto: Danilo Bezerra/Olhar Direto

Trade turístico em reunião esta tarde no Hotel Paiaguás: 'cruzada' para retorno de voo internacional

Trade turístico em reunião esta tarde no Hotel Paiaguás: 'cruzada' para retorno de voo internacional

Muito próximo de ver Cuiabá perder o único legado que ficou para o turismo - o voo internacional entre Cuiabá e Santa Cruz foi suspenso no último dia 3 por determinação da Receita Federal - o trade turístico mato-grossense decidiu se unir contra a decisão. Representantes de aproximadamente 20 entidades ligadas ao setor se reuniram na tarde desta segunda-feira (14), no Hotel Paiaguás para discutir uma estratégia de pressionar a Receita Federal a retroceder da decisão de indeferir o alfandegamento no aeroporto Marechal Rondon. No encontro que foi presenciado maciçamente pela imprensa, toda a categoria decidiu se mobilizar pelo retorno da linha ligando Cuiabá a Bolívia,

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O alvo da indignação de dirigentes de associações, sindicatos e representantes dos segmentos de turismo, restaurantes e hotelaria foi a delegada regional da Receita Federal em Mato Grosso, Marcela Maria Ladislau de Matos, apontada como a responsável por indeferir a manutenção de voos regulares internacionais no Marechal Rondon. O argumento da delegada é de que no aeroporto 'não há estrutura compatível para operação de voos internacionais'. Na semana passada ela declarou ao Olhar Direto que 'espera a conclusão da ampliação do aeroporto e as devidas providências para autorizar qualquer tipo de voo internacional regular'. A expectativa é de que a ampliação e reforma do aeroporto seja concluída em no mínimo 100 dias.

No entanto, o trade turístico acredita estar havendo falta de boa vontade por parte da Receita Federal que com essa decisão teria colocado em risco a operação da empresa aérea Amaszonas que já havia feito a reserva de passagens até agosto de 2015 e vem enfrentando sérios prejuízos. Diretores da Amaszonas já estariam estudando o cancelamento definitivo da rota em Cuiabá. Porto Velho (RO), está de olho nessa conexão.

O presidente do Sindicato das Agências de Turismo do Estado (Sindetur), Oiran Gutierrez declarou que "a posição da Receita Federal extrapola os interesses do trade turístico e atinge em cheio a sociedade mato-grossense". Oiran ressaltou que "se para a Fifa podia, porque não para a sociedade mato-grossense?".

Por sua vez, o presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Similares, Luis Carlos Nigro vê o fato com muita tristeza. "Na hora de nos cobrar leitos para os os turistas, atendemos e procuramos colaborar com a organização do Mundial. Essa notícia vem como um balde de água fria para o turismo. Se a prioridade era o interesse nacional e internacional, e o interesse de Mato Grosso, como fica?", indagou.

Representando a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), o assessor Agripino Bonilha Filho foi enfático e dirigiu as palavras diretamente à representante da Receita Federal: "Não sei o que ela está pensando. Temos senadores, deputados e outros representantes políticos. É hora de chamá-los. Precisamos fazer entender que quem tomou essa decisão errou e tem que voltar atrás. Estão sentados em cima de um 'não' ao nosso desenvolvimento. Não sei o que ela ganha com isso, mas sei o quanto o Brasil está perdendo".

Já o presidente da Federação dos Hotéis, Bares e Restaurantes, Luis Verdun destaca que espera o apoio dos políticos. "Não é hora de omissão. É hora de ver que estamos todos tendo um prejuízo com isso. A empresa que apostou em Mato Grosso está sofrendo um prejuízo muito forte, bem como todo o trade. Essa rota é a porteira para o desenvolvimento estratégico do Estado. Estamos gerando emprego, negócios e outras oportunidades. Não podemos deixar brincar com a nossa cara", complementou.

O diretor do Sindicato dos Hoteis, Bares e Restaurantes de Várzea Grande (Shobresvag), Guilherme Verdun entende que a medida do cancelamentos dos voos internacionais fecha a porta para o único legado da Copa do Mundo no turisno. "Esse voo representa muito para o Estado. É um 'start' para a formação de um hub que vai nos direcionar ao desenvolvimento. Queremos explicações sobre essa decisão porque entendemos ser possível haver bom senso".

Presente na reunião, o gerente regional da Amaszonas, Juliano Gutierrez lamentou a suspensão do voo e vê um horizonte de incertezas para a internacionalização do aeroporto. "Estávamos apalavrados com a Amaszonas, mas o cancelamento do voo, trouxe prejuízos muito grandes", disse, revelando que a empresa se vê na obrigação de bancar o transporte de passageiros que haviam feito reservas até agosto do próximo ano. Com a operação de realocação até Campo Grande (MS) para tomar o voo para Santa Cruz, a empresa tem computado apenas prejuízo.

O trade turístico deve se reunir nas próximas horas com candidatos ao governo do Estado e senadores Jayme Campos e Blairo Maggi para discutir a situação.


A empresa aérea Amaszonas chegou a operar por um mês no aeroporto de VG e já tinha reservas de voos até agosto de 2015

Durante a Copa do Mundo em Cuiabá, várias companhias aéreas realizarazm embarques e desembarques internacionais, entre elas a companhia boliviana Amaszonas, que realizou vários voos para Santa Cruz de la Sierra, sendo três por semana. Santa Cruz dispoõe de conexão para os países andinos, América do Sul e outros. Partindo da Bolívia, um voo para Miami nos Estados Unidos, por exemplo, tem o seu tempo reduzido em quatro horas.

O trade turístico ressalta que a internacionalização do aeroporto seria o único legado da Copa para o turismo, que não recebeu nenhum investimento para o Mundial. Com a operacionalização dos voos, muitos eventos poderão ser trazidos para o Estado, com a rota internacional. Assim, um grande fluxo de pessoas poderá visitar Mato Grosso. A previsão da conclusão das obras do aeroporto é até o final deste ano, mas o setor produtivo cobra a continuidade do sistema de alfândega no período pós-Copa.

por Papagaio, em 15/07/2014 às 14:12
Sra. Delegada Marcela Maria Ladislau de Matos, afinal, porque na copa podia e agora não pode? Dá pra responder?
por Rodrigo, em 15/07/2014 às 11:21
Lamentável, nem pelo desenvolvimento da cidade nossos governantes lutam.É preciso a própria classe correr atrás com recursos próprios
por Joao Tirapelli, em 15/07/2014 às 10:53
Mais uma vez nossos dirigentes do "trade turístico" foram não foram respeitados. Já era horam de saberem que apenas palavreado não se resolve teriam que ter exigido um documento do governo confirmando a continuidade das operações internacionais no Aeroporto INTERNACIONAL (???) Mal Rondon. Não é de hoje que as autoridades NÂO CUMPREM SUAS PROMESSAS, com isso Cuiabá e Mato Grosso ficam cada vez mais DESACREDITADOS perante possíveis parceiros no desenvolvimento do turismo.
por Dito Cujo, em 15/07/2014 às 00:22
Sempre tem alguém q n quer o desenvolvimento d Cuiabá e d todo o MT!!!!!!!!
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