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18/07/2014 - 10:35

Vice da CBF, Delfim desaprova Gilmar e diz que Leonardo recusou convite

Globo Esporte

 A distância da apresentação da seleção brasileira para a Alemanha, na goleada histórica sofrida por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo, parece ser a mesma entre os discursos e pensamentos da CBF. Na manhã desta quinta, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, fez o anúncio de que Gilmar Rinaldi será o novo coordenador de seleções. A decisão contrasta com a visão do vice-presidente eleito da entidade Delfim Pádua Peixoto, também presidente da Federação Catarinense de Futebol. O dirigente é contra um ex-empresário ser integrante CBF. Além disso, gostaria de ter um nome estrangeiro à frente da Seleção e teria indicado o Leonardo para a cúpula da Confederação.

- Nesta questão do coordenador de futebol, foi falado no nome do Leonardo, se desse certo, era um dos nomes que eu havia indicado. Ele conhece o futebol europeu, as táticas, foi técnico também, era o homem que iria ajudar a fazer a renovação que o Marin quer fazer, não só na Seleção, mas também no futebol brasileiro. Infelizmente, ele não aceitou, não sei por qual motivo, e eles colocaram o Gilmar. O conheço bem, admiro ele, morador de Balneário Camboriú há anos, só que achei que não seria a pessoa certa, pois era empresário de jogador e acho que empresário de jogador não pode ficar em coordenação de Confederação. Vou dizer isso ao Marin, quando ele me ligar. De minha parte, eu concordava com o Gallo (como coordenador das categorias de base), com o Leonardo, mas com o Gilmar não. É um problema pessoal meu, pensamento meu, eu não mando, quem manda é o presidente. Eu vou dizer que não tenho nada contra ele, só que acho que um empresário de jogador não deve ser coordenador de seleção brasileira – disse Delfim de Pádua Peixoto.

Sobre a ausência de um técnico para o lugar de Luiz Felipe Scolari, Delfim se mostra tranquilo e entende que a entidade não deve ter pressa para a definição – na entrevista coletiva na sede da CBF nesta quinta, Marin afirmou que deve anunciar um novo nome até a próxima terça-feira. Além disso, salientou que é preciso um processo de reuniões e estudos para analisar o futebol brasileiro e comentou a preferência por um treinador estrangeiro, De preferência de países que, segundo ele, “ultrapassaram o futebol brasileiro”. A possibilidade é descartada pelos outros dirigentes.

- Olha, não tem pressa, estou falando isso há mais de uma semana. Tem o Gallo aí, o coloquem para tocar o barco. E com o tempo, estudem, chamem pessoas que entendam, para discutir, se acharmos que pela mesmice dos treinadores brasileiros, não é mais o momento de um treinador brasileiro, podemos fazer uma renovação nisso. Se em reunião, acharmos que é para chegar em um nome daqueles que nos ultrapassaram, como os europeus, até da América do Sul, o Chile e a Colômbia, por exemplo, mostraram que estão com um futebol melhor que o nosso. Eu acho que um treinador de fora seria muito bom para essa renovação do futebol brasileiro. Espero que estudem bem o nome desse técnico, mesmo que não seja estrangeiro - analisou.

Delfim de Pádua Peixoto ocupa o cargo de presidente da Federação Catarinense de Futebol há 29 anos. O dirigente, na última semana, logo após a queda da Seleção na Copa do Mundo, declarou que o então treinador, Luiz Felipe Scolari, estava "ultrapassado". Felipão respondeu na mesma altura ao dizer que Delfim teria que o agradecer de joelhos. "Nunca ganharam nada (futebol catarinense). E o que ganharam foi graças a mim". A reposta de Felipão repercutiu mal em Santa Catarina.

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