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10/04/2013 - 16:32

'É preciso pensar a longo prazo', diz presidente da Gol sobre aeroportos

Do G1 RS

Foto: Fernando Conrado/Divulgação

Presidente da Gol Paulo Kakinoff durante o Fórum da Liberdade

Presidente da Gol Paulo Kakinoff durante o Fórum da Liberdade

Embora o país esteja em plena reforma, por meio de projetos e obras para a Copa do Mundo de 2014, o presidente da Gol Paulo Kakinoff acredita que o país precisa pensar a longo prazo. Kakinoff fez a afirmação durante a 26ª edição do Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, nesta terça-feira (9). Ao lado do espanhol e fundador do Instituto Juan de Mariana, Gabriel Calzada Alvares, e do ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, debateram os investimentos da infraestrutura brasileira.

No setor aéreo, entre a compra e a entrega de um Boeing (aviões utilizados pela companhia), a espera pode ser de até cinco anos. “Sem dúvida nenhuma a construção de novos terminais tem que acontecer, por outro lado temos que ter uma visão de infraestrutura aeroportuária para aqui 10, 15 anos. Se não, vamos correr o risco de errar novamente ao pensar a curto prazo”, opinou durante o fórum. "Temos que gastar energia, tempo, recursos e articulação política para decidir o que ainda precisa ser feito", completou.

Uma das soluções que a Gol, assim como outras empresas de tráfego aéreo, encontraram para a superlotação dos aeroportos do país foi a bilhetagem eletrônica. “As tecnologias não podem ficar de lado. Hoje conseguimos fazer todos os processos sem imprimir nenhum papel”, assegurou.

Apesar das pequenas medidas, Kakinoff garante que até 2020 a demanda de voos no Brasil irá dobrar. “Ao mesmo tempo que o país demanda uma necessidade maior de voos, as empresas registram indicadores baixos, quedas. Nós temos problemas que influenciam esse resultado, principalmente a tributação de combustíveis, e isso só vai mudar com iniciativas privadas ao lado do poder público”, incentivou. Defensor da diminuição dos tributos, enxerga com otimismo os movimentos do mercado em que atua, mesmo com falências de empresas aéreas nos últimos anos.

“Nós temos uma oportunidade evidente na nossa frente. As iniciativas estão aí, mas temos que nos mobilizar, deixar de lado as divergências ideológicas, politicas e nos pautar pelo pragmatismo para resolver estas questões”, finalizou.

Em fevereiro, o conselho de administração da Gol aprovou a abertura de capital de sua subsidiária Smiles, com sinal verde para que a diretoria cuide de sua oferta pública inicial de ações. O Smiles é o programa de fidelidade da aérea, semelhante ao Multiplus, da TAM, que já tem capital aberto e papéis negociados na BM&FBovespa.

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