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Trabalhadores dos COTs paralisam obra e ameaçam entrar com ação na justiça; veja fotos da obra

Da Redação - Wesley Santiago

 Os trabalhadores dos Centros Oficiais de Treinamento (COT) da UFMT e da Barra do Pari cruzaram os braços novamente nesta quarta-feira (09). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Construção de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM) varias irregularidades foram constatadas no local. A principal reclamação é o não pagamento da hora extra e o percentual sobre a construção. Caso não haja acordo nas negociações, os operários devem entrar com uma ação na justiça.

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De acordo com o SINTRAICCCM como a obra está sendo finalizada muitos trabalhadores ficam no local sem ter o que fazer e a empresa responsável não demite os trabalhadores: “Os funcionários já não tem mais o que fazer na obra e ficam parados. A construtora continua pagando apenas o piso e não rescinde o contrato, obrigando eles a pedir demissão”. As reduções devem provocar uma diminuição de até 80% dos salários.

Ainda segundo o sindicato, os operários do COT da UFMT assinaram o holerite na última segunda-feira (07), porém, até o momento o salário não caiu na conta de nenhum deles. Outro problema apontado é que alguns trabalhadores que assinaram a rescisão há mais de 60 dias ainda não receberam nada. A falta de repasse do vale alimentação e transporte, além do não pagamento do FGTS são outros pontos reivindicados.

“Nunca passei por isso nos lugares onde trabalhei. Tenho família – mãe, filha e irmã – em Sergipe que dependem de mim. A situação é difícil”, afirmou o carpinteiro, Gidevaldo dos Santos, que está sem receber o salário mesmo após ter assinado o holerite. Ainda há a reclamação de que os funcionários estariam em desvio de função, o que é irregular.

O sindicato aguarda uma posição da empresa até ás 14 horas desta quarta-feira (08) para definir o que será feito. Para este horário esta marcada uma reunião que definirá os próximos passos. Caso não haja acordo, os operários entrarão com um processo na justiça para que seja feita uma rescisão contratual, para que sejam mantidos os direitos trabalhistas na íntegra.

A assessoria de imprensa da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo informou ao Olhar Copa que está acompanhando a situação, mas, não pode fazer nada já que o problema tem de ser resolvido entre a empresa e os funcionários.

A reportagem também tentou contato com o diretor da Engeglobal (empresa responsável pela obra), Pedro Moreira, porém, não conseguiu falar com ele. Segundo informações da própria empresa, ele estaria em uma reunião para tentar resolver o problema o quanto antes.

Confira a galeria de fotos do COT da UFMT

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