Imprimir

Notícias / Aeroporto

“Para a Fifa podia”, diz Oiran ao criticar cancelamento de voo; Porto Velho é alternativa

Da Redação - Wesley Santiago

O presidente do Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de Mato Grosso (Sindetur), Oiran Gutierrez, disparou fortes críticas por conta do possível cancelamento do voo internacional que liga Cuiabá a Santa Cruz de la Sierra (Bolívia). Segundo ele, o Estado perderá diversos investimentos, caso isto aconteça.

Veja mais:
Infraero definirá retomada de obras no aeroporto só após o Mundial
Cuiabá pode perder rota internacional e ficar sem nenhum legado da Copa no turismo

“Nós nos reunimos há algum tempo com a Receita Federal para definir o que seria feito. Ficou acordado verbalmente que a portaria autorizando que o voo continuasse seria prorrogada, porém, recebemos a informação de que isto não irá acontecer. Nós chegamos a protocolar um novo pedido, mas sabemos que a resposta será negativa”, afirmou Oiran ao Olhar Copa.

Oiran ainda destacou que nada do que ficou acordado na reunião foi cumprido: “Ficou acertado que apenas o voo do dia 6 de julho não seria operado, porém, todos os outros também não funcionaram. Isto causou um prejuízo imenso para a empresa e um tremendo transtorno para os passageiros”.

“Agora a Receita Federal diz que o aeroporto precisa estar pronto. Na época da Copa do Mundo, ninguém se preocupou com isso. Para a Fifa pode, mas para os mato-grossenses não pode?”, indaga o presidente. Ele ainda salientou o fato do próprio governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB) ter garantido a continuidade das operações.

O presidente ainda revelou o descontentamento dos empresários da empresa Amaszonas com os problemas apresentados: “Sabe quando eles vão querer investir aqui novamente? Nunca mais. Estamos perdendo uma oportunidade única, eles já estão estudando outra alternativa, como por exemplo transferir este voo para Porto Velho”.

A suspensão do voo pregou de surpresa não só as agências de viagens que já vinham recebendo impressionante procura por passagens para a Bolívia, mas, principalmente a empresa aérea. O gerente no Brasil da empresa Amaszonas, Bardo Gomez, lamentou profundamente o fato. "Estamos perdendo uma importante conexão com a América do Sul a partir de Cuiabá. Sem contar os prejuízos financeiros que são grandes, já que tínhamos centenas de assentos já fechados e um interesse crescente de investidores por essa rota. É uma pena que isso esteja ocorrendo após um grande esforço para conseguir essa linha", afirma o gerente.

Bardo Gomez afirma que nem tudo está perdido: "Vamos procurar os políticos de Mato Grosso para que intercedam junto aos órgãos e as medidas necessárias sejam tomadas. Caso contrário, há um risco muito grande desse voo ser suspenso definitivamente".

Leia outras notícias do Mundial 2014 no Olhar Copa