Agência Senado
Os resultados da Copa do Mundo, dentro e fora do campo, foram o principal tema comentado pelos senadores em Plenário nesta segunda-feira (14). A maioria elogiou a organização do Mundial e destacou o legado para o país, mas muitos ressaltaram que, encerrado o evento, é "hora de voltar à realidade". Houve também pedidos para que se avalie o momento do futebol brasileiro, com sugestões que vão da comparação com exemplos de outros países à investigação das principais entidades do esporte, por meio de uma CPI.
O senador Jorge Viana (PT-AC) citou o reconhecimento internacional da capacidade do país de organizar um grande evento e comemorou o incremente do turismo. Para ele, o desafio que restou é a reestruturação do futebol brasileiro, com mais profissionalismo, apoio e investimento.
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) mencionou a divulgação das cidades brasileiras no exterior ao longo da competição, que avaliou como um sucesso, apesar das apostas em contrário.
Ricardo Ferraço (PMDB-ES) também considerou o saldo positivo, mas sugeriu que a população cobre a conclusão das obras inacabadas e alertou para a necessidade de trabalhar para ampliar as oportunidades, inclusive em relação às Olimpíadas de 2016.
Para Casildo Maldaner (PMDB-SC), além de repensar o esporte, o país precisa se dedicar agora a debater temas essenciais para o incremento do crescimento, como a reforma tributária e as dificuldades logísticas.
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), por sua vez, disse esperar que a tristeza com o futebol incentive o brasileiro a se dedicar às reais prioridades, como o combate à corrupção e as eleições de outubro. Cristovam Buarque (PDT-DF) minimizou a derrota dentro de campo e cobrou propostas claras dos candidatos para a educação, o aumento da violência e a corrupção.
Reconhecendo aspectos positivos da Copa, como a participação do povo, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) pediu uma CPI para apurar irregularidades na CBF e iniciar um processo de mudança na administração do futebol. Alvaro Dias (PSDB-PR) anunciou um projeto de lei para exigir da CBF e das federações estaduais mais transparência e responsabilidade na prestação de contas.