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Luiz Adriano nega que vá jogar pela Ucrânia e garante: 'Sou o camisa 9 que o Brasil precisa'

ESPN

 Na última segunda-feira, o site footbal.ua noticiou que o atacante Luiz Adriano, implacável goleador do Shakhtar Donetsk há sete anos, queria se naturalizar ucraniano e jogar pela seleção local. Em entrevista ao ESPN.com.br, porém, o centroavante negou tudo, e ressaltou que o que deseja mesmo é vestir o amarelo do Brasil, e não da Ucrânia. Segundo o avante, ele é o camisa 9 que o técnico Dunga precisa.

"Tenho o perfil e sou o centroavante que o Brasil precisa. Jogo há sete anos nessa função, tenho bastante experiência já. Se for convocado, vou corresponder à altura", garantiu o atleta, que passou pelas equipes de base do Brasil, conquistando o Sul-Americano sub-20 em 2007.

Na Ucrânia, o ex-jogador do Inter vive grande fase. Ele foi artilheiro do último campeonato nacional, e vem de cinco títulos seguidos na Premier League local. Em seu primeiro jogo do Ucraniano neste ano, demorou apenas 13 segundos para marcar na vitória por 2 a 0 sobre o Metalurh Zaporzhya, no último domingo. Além disso, está a apenas sete gols de se tornar o maior artilheiro da história do Shakhtar.

Fora de campo, porém, Luiz Adriano diz esta muito triste com a tensa situação política da Ucrânia. Conflitos entre forças do Governo e rebeldes pró-Rússia no leste do país, justamente onde fica Donetsk, forçaram o Shakhtar a abandonar a cidade, e a equipe terá que passar a temporada jogando em Kiev e Lviv, longe de sua torcida.

"É muito triste ouvir as notícias ruins. Num dia, morrem 10 pessoas, no outro, 20. Dá dor no coração saber que está acontecendo isso em Donetsk, que é uma cidade que amo tanto", lamentou.

O atacante, aliás, foi um dos brasileiros que teve coragem de retornar ao clube depois das férias, enquanto alguns de seus companheiros, como Dentinho, Douglas Costa, Alex Teixeira, ficaram com medo e adiaram a reapresentação. Segundo Luiz Adriano, no entanto, todos já estão na Ucrânia e treinando normalmente.

Na entrevista, o atacante também falou sobre outros assuntos, como as saudades que tem do Internacional, a recente proposta que teve do Palmeiras, sua polêmica opinião sobre o fair play no futebol, a morte do amigo Fernandão e tentou explicar o porquê de Alexandre Pato, seu ex-companheiro, nunca ter se tornado o jogador que se imaginava.