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Sem rodar um metro, vagões do VLT ficam ao relento no Centro de Manutenções; fotos

Da Redação - Wesley Santiago

 Os moradores de Cuiabá e Várzea Grande seguem aguardando a finalização das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que deveriam ter ficado prontas em março deste ano. Até o presente momento poucos metros dos trilhos foram instalados e ainda resta dúvida sobre a data de conclusão do novo modal. Enquanto isso, os vagões continuam parados e ao relento no Centro de Manutenções, em Várzea Grande. Vale lembrar que as primeiras composições chegaram no começo de novembro do ano passado.

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Na tarde da última terça-feira (12), a reportagem do Olhar Copa foi até as proximidades do Centro de Manutenções (CM), localizado em Várzea Grande, e constatou que os veículos continuam parados, sem nenhum tipo de proteção e expostos ao sol e a chuva. Isso porque não há uma mínima cobertura sobre os trens para evitar o desgaste.

Em todas as vezes que foi questionado, o Consórcio VLT - responsável pela implantação do novo modal – afirmou que: “A fabricante garante que os trens não sofrem prejuízo quanto à exposição a intempéries. Isso porque foram projetados para suportar as mais variadas condições climáticas como sol, chuva, ventos, raios, poeira, frio, entre outros, por um período de 30 anos”.

Porém, mesmo sem rodar os vagões já sofrem desgastes, diminuindo assim a vida útil do equipamento. Vale lembrar que todas as composições do VLT já estão no Centro de Manutenções em Várzea Grande. “os trens passam por manutenções programadas, além de testes mecânicos e eletrônicos, obedecendo aos procedimentos descritos nos manuais de instrução”, relatou a assessoria de imprensa do Consórcio VLT.

Ao todo são 40 veículos, sendo que cada trem possui aproximadamente 44 metros de comprimento. Ele é composto por sete módulos, com capacidade para transportar até 400 pessoas (por veículo), sendo 77 sentadas. Todos eles foram importados da Espanha e chegaram de navio até o porto de Santos, depois foram transportados em carretas até a capital mato-grossense.

A última estimativa é que o novo modal deverá custar R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos. Conforme publicado no Diário Oficial do Estado há algumas semanas, o prazo para conclusão da execução das obras do VLT é dezembro de 2014 e a vigência contratual segue até março de 2015. Porém, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) ressaltou em seu último relatório que é praticamente impossível que tudo esteja em funcionamento até o primeiro semestre do ano que vem.