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Notícias / Mobilidade Urbana

Secretário cobra promessa feita pelo governo de instalar iluminação na rodovia Mario Andreazza; fotos

Da Redação - Wesley Santiago

 O secretário de Serviços Públicos e Transportes, que atua também como representante oficial de Várzea Grande na Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), Roldão Lima Júnior, cobrou do governo do Estado a instalação da iluminação na rodovia Mário Andreazza. De acordo com ele, a promessa teria sido feita antes da Copa do Mundo.


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Como noticiou o Olhar Copa no dia 17 de julho (quinta-feira) a parte de iluminação da rodovia não estava prevista no contrato firmado entre a Secopa e a empresa responsável pela obra. Com isto, a responsabilidade seria da Prefeitura de Várzea Grande, que é responsável pelo trecho que faz parte de uma rodovia federal.

Porém, o secretário Roldão Lima Júnior relatou ao Olhar Copa que “a iluminação na rodovia já estava prevista e tinha sido acordada com o Governo do Estado e que ela iria ser instalada antes da Copa do Mundo. Esta era uma das rotas oficiais utilizadas pelas seleções durante a competição. O que fizemos foi voltar a cobrar o Estado”.

Roldão ainda acrescenta que o custo era muito alto para a Prefeitura de Várzea Grande: “Não seria possível que a gente instalasse a iluminação. Não dispomos destes recursos e é algo muito caro, porque o trecho da rodovia que passa por Várzea Grande é muito extenso, são aproximadamente 20 Km”.

Questionada pela reportagem sobre a promessa do Governo do Estado de instalar a iluminação na rodovia, a assessoria de imprensa da Secopa preferiu não comentar a declaração do secretário de Várzea Grande. Esta não é a primeira vez que Roldão cobra serviços que deveriam ter sido feitos pelo executivo estadual. Ele chegou a afirmar antes do Mundial que a cidade só era lembrada por conta do aeroporto.

A Secopa ainda explicou que o convênio com a Eletronorte está em trâmite e ainda não foi concluído. Também não foi passado nenhum prazo para que as obras sejam finalizadas. A obra – sem a iluminação prevista no contrato – custou aproximadamente R$ 46 milhões aos cofres públicos.

Mortes – A rodovia Mario Andreazza já foi cenário de vários acidentes. Em vários dos casos o maior problema foi a falta de iluminação no local. A baixa visibilidade por conta do problema potencializa o risco de algo mais grave acontecer. Só em 2014 foram registradas ao menos cinco mortes no trecho.

A obra – De acordo com o Portal da Transparência, o custo total do corredor da Mario Andreazza foi de R$ 46 milhões. Neste valor estão inclusas as despesas com a desapropriação. A duplicação custou R$ 26,2 milhões enquanto as obras na ponte ficaram orçadas em R$ 11,7 milhões. O projeto básico ficou em R$ 1,6 milhão.