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Inquérito do MPE e MPF apuram falhas no viaduto da Sefaz

Da Redação - Patrícia Neves

Inquérito instaurado pelo promotor Clóvis de Almeida Júnior, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público de Cuiabá do Ministério Público de Cuiabá (MPE) e também pelo  Ministério Público Federal (MPF) apuram falhas na obra do viaduto Jamil Nadaf, 'viaduto da Sefaz', interditado desde o início do mês de agosto. Na manhã de hoje, após receber laudo de vistoria da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo, o Tribunal de Contas do Estado apontou falhas gravíssimas que exigiram acréscimo de concreto e aço em blocos de fundações e reparos (reforço) na armadura. 

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A ação de acompanhamento foi determinada em consequência da instauração de um inquérito conjunto entre o MP e Ministério Público Federal (MPF), já que o viaduto integra o pacote de obras do VLT, que chegam a R$ 1,477 bilhões. Na tarde de segunda-feira (1º), uma equipe de engenharia se deslocou até o local para monitorar a obra.
“Essa análise vai poder apontar eventuais falhas na estrutura e de execução, vai dizer o que ocasionou as fissuras, solo, material se o projeto foi subdimensionado”, explica o promotor ao Olhar Direto.

Sem detalhar quando o laudo será entregue, ele relembra que o objeto da investigação é apurar o que ocasionou as fissuras. “O profissional esteve lá na tarde de ontem e fez um trabalho detalhado”, explica o promotor sem citar quando o laudo será entregue, considerando a complexidade do trabalho. O engenheiro integra o núcleo de apoio do MPE.
“Não há pressa, como o local não apresenta mais risco, as fissuras estão sendo monitoradas. Avaliamos a questão da segurança da população”.

Ele ainda relembra que desde o ano de 2012, o Ministério Público do Estado (MPE) vem tecendo alertas quanto a execução e qualidade das obras da Copa do Mundo. “O MPE não vai executar obras, o MP dentro de sua estrutura, acompanha a atribuição dos gastos e a segurança da obra. Não é de hoje que o Ministério alerta quanto a falta de planejamento, de know-how do governo para com as obras, infelizmente, com razão”.

O elevado, orçado em R$ 18 milhões, foi interditado para trânsito, em 6 de agosto, por apresentar pequenas rachaduras em sua estrutura. Na época, a previsão de liberação era de duas semanas, mas o prazo posteriormente foi alterado para quatro meses. A interdição ocorreu seis meses depois da inauguração oficial da obra.