Da Redação - Wesley Santiago
Não é só o viaduto da Sefaz – Jamil Boutros Nadaf – que preocupa o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). Todas as outras obras de mobilidade urbana que foram construídas com vistas à Copa do Mundo de 2014, terão de passar por estudos para atestar a qualidade da construção. A trincheira do Santa Rosa é outra que preocupa o conselheiro Antônio Joaquim: “Temos denúncia que a obra foi iniciada sem projeto”.
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O conselheiro do TCE, Antônio Joaquim, revelou ao Olhar Copa que há uma denúncia no Ministério Público quanto ás obras da trincheira do Santa Rosa: “Um dos empresários que esteve envolvido com a construção relatou que iniciou a obra sem ter projeto e também sem o teste das paredes laterais. Precisamos saber se isso é verdade mesmo”.
Por conta disto, ficou referendada uma determinação de contratação, em 15 dias, de uma empresa especializada independente para apresentar laudo de segurança sobre todas as obras de viaduto, trincheira e do Aeroporto Marechal Rondon, que deverão ser entregues em 60 dias. Porém, os estudos sobre o viaduto da Sefaz e a trincheira do Santa Rosa, que são as que mais preocupam, tem de ser entregues em 30 dias, após a contratação.
“A Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo) tem de multar as empresas, cobrar para que os serviço sejam bem feitos. Temos alguns problemas na avenida 8 de abril e no viaduto da UFMT que precisam ser sanados. É preciso ter transparência quanto a estes assuntos para que a população não fique insegura”, afirmou o conselheiro Antônio Joaquim.
O conselheiro ainda pontua que: “O tribunal conseguiu a primeira vitória, que é esclarecer a situação em que se encontram todas as obras da Copa do Mundo”. Ele ainda acrescentou que: “O secretário Maurício Guimarães admitiu que o Estado ainda não está pronto. O governo não recebeu de forma oficial nenhuma obra, isso porque todas tem algum problema, ou algo que falta ser finalizado”.
Sobre a denúncia de que a obra da trincheira do Santa Rosa teria sido iniciada sem projeto, a assessoria de imprensa da Secopa informou ao Olhar Copa que: “Não temos conhecimento disto. A Ster Engenharia, que foi a empresa que começou a construção tinha um projeto elaborado, projeto este que a Camargo Campos assumiu. Continua o mesmo, não é possível que uma empresa começaria uma obra sem ter estes estudos”.
A assessoria esclarece ainda que já enviou os documentos solicitados pelo Ministério Público Estadual (MPE-MT) e estão aguardando uma equipe técnica do órgão para atestar os estudos feitos. “Enquanto isto a obra segue interditada no interior. Porém, nas cabeceiras, onde não há risco, os trabalhos continuam sendo feitos”. Vale lembrar que o custo da obra é de aproximadamente R$ 24 milhões.