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Secopa acata pedido do MP e suspende aquisição de cadeiras da Arena Pantanal

Da Redação - Darwin Júnior

A menos de três meses da entrega, a Arena Pantanal pode ser palco de mais uma novela. Está suspenso o pagamento de R$ 19,4 milhões pela aquisição dos assentos da Arena Pantanal. A Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) acatou decisão do promotor Clóvis de almeida Júnior, da 36ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, responsável pela investigação da denúncia de superfaturamento na compra das cadeiras.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também foi notificado para que o contrato não seja pago. Assim, atendendo a solicitação do promotor, o secretário da Secopa, Maurício Guimarães manterá a suspensão até que o caso seja solucionado.

O promotor Clóvis de Almeida deixou claro que o objetivo do MP é uma investigação rápida para não atrapalhar o cronograma das obras da Arena Pantanal e a fim de que haja tempo suficiente para realizar uma nova licitação, se for necessário. “Pretendemos ser rápidos para não atrapalhar se houver a necessidade de alterar o produto”, argumenta o promotor.

A denúncia de um suposto superfaturamento foi baseado em matéria veiculada no site Uol. A matéria aponta que a Secopa firmou um contrato com a empresa Kango Brasil para a instalação de 44 mil cadeiras na Arena Pantanal. No entanto, essa mesma empresa foi contratada por R$ 12,7 milhões para colocar 72 mil cadeiras no Estádio Nacional de Brasília. Dessa forma, enquanto Brasília pagou R$ 175 por unidade, Cuiabá desembolsaria R$ 436 pela mesma peça.

Ao justificar a diferença, o secretário da Secopa, Maurício Guimarães explicou que as cadeiras adquiridas para a Arena Pantanal possuem um material diferenciado e com mais qualidade para garantir conforto aos torcedores e maior resistência ao clima da cidade e até mesmo a uma eventual situação de incêndio, já que não são inflamáveis.

“Essas cadeiras, com as especificações que exigimos, já estavam previstas no projeto conceitual da Arena Pantanal desde 2009. Não há superfaturamento. Não aceito essa acusação”, afirmou Guimarães.

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