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Notícias / Copa 2014

Valcke afirma ter vivido ‘um inferno’ no Brasil e cita Cuiabá

Da Redação - Wesley Santiago

 O Secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, desabafou nesta terça-feira (06), em um evento em Lausanne, na Suiça, sobre o planejamento da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Ele disse ter ‘vivido um inferno’ na relação com o governo brasileiro e citou os atrasos em Cuiabá.

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Valcke deixou claro que algumas cidades não estarão com todas as obras concluídas até o início do Mundial de 2014, que começa no dia 12 de junho. Ele disse que faltam ‘muitas detalhes’ e não acredita que tudo estará finalizado.

"Em uma cidade como Cuiabá, há estruturas na cidade que não são diretamente relacionadas com a Copa. Portanto, haverá certamente obras nos entornos. Mas nos estádios, teremos o que precisamos", disse o secretário em entrevista coletiva.

Ele ainda criticou o fato de o Brasil ter 12 cidades-sede e não dez, como acontecia regularmente: "No dia 21 de maio, vamos receber os estádios para instalar a tribuna de imprensa e organizar as câmeras. Custaria mais barato se tivéssemos dez estádios. Mas temos doze". Valcke disse também que “Reduzimos pretensões e necessidades e teremos o necessário para os jornalistas, torcedores e times".

Um dos problemas citados pelo secretário é o fato de as obras terem começado tarde: "O trabalho não foi cumprido de uma parte ou de outra, não sei. Tivemos complicações relativas à estrutura do País, em relação a investimentos que talvez começaram tarde, uma incompreensão em relação à dimensão do evento", disse.

A mudança no comando do país também foi um fator determinante: "Vivemos um inferno, sobretudo porque no Brasil há três níveis políticos, houve mudanças, uma eleição (de Dilma Rousseff), mudanças, e não discutíamos mais necessariamente com as mesmas pessoas", declarou o secretário.

Depois da coletiva de imprensa, o secretário-geral foi questionado por jornalistas brasileiros sobre as suas declarações feitas minutos antes e – como já é de praxe – mudou o discurso: "Não foram três anos de inferno. Foram três anos complicados, mas tanto para o Brasil quanto para nós". Com informações do Estado de S. Paulo.

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