Imprimir

Notícias / Copa 2014

Decisão de utilizar escolas públicas como acampamento repercute negativamente na imprensa nacional

Da Redação - Wesley Santiago

 Cuiabá novamente foi destaque na imprensa nacional. Desta vez, o portal UOL repercutiu o desejo do governador Silval Barbosa (PMDB) de utilizar escolas públicas como locais de acampamento durante a Copa do Mundo de 2014. São esperados 40 mil turistas para o Mundial, mas até o momento os leitos não passam de 15 mil.

Veja mais:
Campanha contra a exploração sexual visa atingir todo o Estado através de contas de luz;veja imagem
Cuiabá corre o risco de deixar quase um terço dos turistas estrangeiros ao relento durante a Copa do Pantanal

A publicação “Vai ver jogo em Cuiabá? Governador quer que você durma em escolas públicas”, assinada pelo jornalista, Vinícius Segalla, questiona a solução descrita como ‘ortodoxa’: “A solução encontrada pelo governador é improvisar alojamentos em escolas e faculdades, aos moldes do que é feito em jogos universitários no interior do país”.

A escolha foi justificada pelo ministro do Turismo, Vinícius Nobre Lages: “há muitos turistas que estão desejosos de dormir em campings na cidade de Cuiabá, cuja temperatura média anual é de 30 graus. Os chilenos pediram área para camping. Milhares vão optar por armar barracas em áreas de camping".

Confira a matéria do UOL na íntegra:

O Governo do Estado de Mato Grosso e o Ministério do Turismo estão calculando que a cidade de Cuiabá irá receber cerca de 40 mil turistas em um intervalo de três semanas durante a Copa do Mundo no Brasil, que começa no dia 12 de junho. A cidade, porém, conta com apenas 15 mil leitos disponíveis em sua rede hoteleira disponível.

Na semana passada, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, reconheceu que a cidade não possui hospedagem suficiente para receber todos os turistas. Em suas contas, fatarão cerca de 10.000 leitos para receber estrangeiros que irão à cidade.

Assim, a um mês da Copa, o governador se vê obrigado a lançar mão de planos menos ortodoxos para que os turistas não tenham que dormir ao relento. O primeiro é apelar para a conhecida hospitalidade do povo cuiabano. Segundo Barbosa, o programa de hospedagem alternativa criado pelo governo, o Cama e Café e Locação Imobiliária, convida os moradores da cidade a abrirem suas casas para receberem os torcedores estrangeiros.

O programa, segundo ele, é um sucesso relativo, já existem 2.200 residências cadastradas. O governo, porém, contava com 10.000 hospedagens desse tipo. Assim, na última quarta-feira, ele fez um apelo: "Precisamos que a população nos ajude a receber esses turistas. Nós temos que cadastrar mais pessoas que querem locar o espaço para levar um turista para casa. Então, eu chamo a atenção de todos para aqueles que puderem contribuir, este é um ponto que nós vamos focar muito agora, receber bem".

Mesmo que a expectativa do governo se confirme, ainda faltarão 7.000 leitos para receber os turistas. O que fazer com este déficit? A solução encontrada pelo governador é improvisar alojamentos em escolas e faculdades, aos moldes do que é feito em jogos universitários no interior do país. "Agora vamos falar com as universidades e colocar os nossos colégios que têm ar condicionado em condições para muitos turistas que querem esse meio de hospedagem".

Por fim, também haverá mais vagas em campings, para o turista que quiser dormir em barracas. Segundo o ministro do Turismo, Vinícius Nobre Lages, há muitos turistas que estão desejosos de dormir em campings na cidade de Cuiabá, cuja temperatura média anual é de 30 graus. "Os chilenos pediram área para camping. Milhares vão optar por armar barracas em áreas de camping", disse o ministro, em visita a Cuiabá na semana passada, sem dar detalhes sobre os tais pedidos.

A cidade de Cuiabá irá receber quatro jogos da Copa do Mundo, todos da primeira fase. Duas dessas partidas atrairão grande fluxo de turistas estrangeiros. São elas Chila x Austrália, no dia 13 de junho, e Japão e Colômbia, no dia 24. São os turistas de Chile e Colômbia, países relativamente próximos a Mato Grosso, os que serão responsáveis por mais de 80% da presença estrangeira em Mato Grosso durante a Copa.