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Trabalhadores aeroviários ameaçam cruzar os braços durante a Copa

Da Redação - Wesley Santiago

 A um mês da Copa do Mundo de 2014, um problema começa a surgir no setor aéreo do país. Os aeroviários brasileiros e funcionários do grupo Latam em toda a América Latina estão ameaçando cruzar os braços ou atrasar a logística das operações, caso alguns acordos trabalhistas não sejam fechados nos próximos dias. As informações são do jornal ‘O Globo’.

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As Federações Internacional dos Trabalhadores do Transporte (Itf, na sigla em Inglês) e Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Fentac) alegam que os acordos não foram fechados desde o fim do ano passado, época em que as conversas se iniciaram, o que gerou um descontentamento dos funcionários.

O pedido é por reajustes superiores aos da inflação, além de benefícios e bônus relacionados à Copa do Mundo. “Questões como a operação de voo, trâmite para bagagem e check-in serão prejudicados caso nenhum acordo seja feito. Acaba virando uma bola de neve, com um atraso levando a outro, ainda mais com o número de voos sendo ainda maior. O transtorno será grande”, explica o presidente da Fentac, Sérgio Dias.

Os trabalhadores de toda América do Sul do Grupo Latam – criado após a fusão da TAM com a LAN – se uniram para cobrar maior diálogo com os diretores da empresa e melhores condições de trabalho em todos os países, inclusive no Brasil. Vale lembrar que a TAM é uma das principais empresas aéreas que atuaram no Mundial, inclusive é a que tem os melhores preços para viagens entre cidades-sede.

“Caso nenhum acordo seja costurado até o início da Copa, atrasos nos procedimentos habituais de voo serão feitos, com a possibilidade de greve”, segundo Gabriel Mocho, secretário de Aviação Civil da ITF. Se não houver acordo os responsáveis pela manutenção de aeronaves e o check-in de passageiros, suspenderá suas operações.

“Hoje, o que a empresa faz é uma espécie de dumping social. Para as mesmas funções, trabalhadores do Peru, por exemplo, ganham menos que os funcionários brasileiros e chilenos. Enquanto eles usam um valor para pagar um técnico aqui no Brasil, eles usam o mesmo para contratar dois no Peru. Estamos atrás dessa correção. Que não exista essa diferenciação”, avalia Mocho.

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