O conselheiro nacional do Ministério Público e ouvidor do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), advogado Almino Afonso, considera absolutamente legítima a postulação dos candidatos oposicionistas à Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Luciana Serafim, Pio da Silva, Sebastião Monteiro, Fábio Melo e José Moreno.

A declaração do conselheiro foi feita após provocação do site Olhar Jurídico. O advogado mato-grossense, no entanto, lamenta não poder participar ativamente desta eleição, como fez em pleitos anteriores.

O conselheiro disse ainda que o debate eleitoral é importante para o fortalecimento da instituição, em especial porque a OAB é a casa das liberdades democráticas.

Afonso declara que para a viabilidade eleitoral da oposição melhor seria que houvesse consenso em torno de uma única candidatura, ressaltando que a pulverização de candidatos só fortalece o projeto da situação.

“Presidir a OAB é um desejo que todos os advogados devem nutrir, em virtude da importância classista e social que a entidade representa”, declarou ainda.

Almino Afonso foi indicado em abril de 2009 para ocupar uma cadeira no CNMP e foi reconduzido para mais três anos em 2011, ou seja ficará até 2013.

No mês passado, Almino foi escolhido para ser ouvidor geral do Conselho. Dentre os questionamentos mais polêmicos do conselheiro estão o pagamento da chamada bolsa aluguel para promotores e a representação contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, feita pelo senador Fernando Collor de Mello, da qual Almino é relator.