O Ministério Público Estadual (MPE) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) investigam uma suposta fraude em uma licitação para compra de maquinário pela Prefeitura de São José do Rio Claro. O certame teria sido direcionado para a empresa Copemaquinas, a qual, em troca da vitória na disputa, pagaria propina ao prefeito Natanael Casavechia (DEM).
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O vereador Adeilson Correa (PTB) registrou um documento no dia seis de junho adiantando o resultado da licitação que sairia apenas no dia 28 do mesmo mês. Na denúncia ele ainda conta como ficou sabendo do suposto esquema para direcionar o certame a partir de uma conversa entre vários parlamentares com o prefeito da cidade.
Segundo Adeilson, o prefeito foi até a Câmara de Vereadores no dia 23 de Maio a fim de pressionar os vereadores para apresentar o projeto de lei 017/2013, que permitia o financiamento R$ 1.252 milhão para a compra de equipamentos à prefeitura. Na ocasião, Natanael teria admitido já ter fechado negócio com uma empresa para a compra dos maquinários.
“Ele disse que precisava de urgência na aprovação da matéria do executivo para comprar uma retroescavadeira e uma pá que estavam no pátio da Expo Claro e um rolo compactador. (...) Os senhor prefeito foi alertado sobre uma licitação direcionada que se configurava crime e o mesmo, em tom de desafio, disse que ele iria colocar no edital detalhes para a empresa Copermaquinas vencer a licitação e se outra empresa vencesse ele cancelaria (...) porque ele já tinha fechado coma empresa e não voltaria atrás no negócio”, diz trecho do documento registrado em cartório por Adeilson.
Dessa reunião também teriam participado e testemunhado as palavras do prefeitoos vereadores Adriel Irineu Pereira, Guerino Openkoski, Evaldo de Castro, José Lenivaldo da Silva, Valdemir Donizete Leite, Jorge Padilha e Adalberto Assis.
“Isso é um esquema do prefeito Natanael enós vamos derrubar o esquema. Até mesmo porque em São Jose nunca houve esquema com a prefeitura no que se refere a licitação. Licitação direcionada, não se admitindo que 60 dias antes já se sabia qual empresa iria vencer a licitação”. Ainda na denúncia, Adeilson alega que Natanael optou pela Copermaquinas porque ela pagaria uma gratificação de 8% do valor da compra ao prefeito, pouco mais de R$ 100 mil.
Além disso, Adeilson afirma que as maquinas compradas pelo prefeito poderiam ser 25% mais baratas caso ele tivesse optado por uma marca nacional. “Isso por se tratar de maquinas importada, como Caterpilar, Komatsu ou Fiat Allis, sendo que no de aquisição de uma maquina nacional como a CASE, esse valor seria muito inferior”, concluiu.
