Olhar Jurídico

Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Política de Classe

ONG destaca que 92% querem reforma política de iniciativa popular

Em audiência pública do grupo de trabalho que elabora propostas sobre a reforma política, o representante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, Marlon Reis, destacou há pouco que 92% dos brasileiros querem que a reforma política seja de iniciativa popular.

Ele apresentou os resultados de pesquisa encomendada ao Ibope pelo movimento e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para saber a avaliação da população sobre o tema. “Esse dado significa que a sociedade não está muito confortável em delegar a tarefa para setores considerados diretamente interessados, que são os detentores dos mandatos”, ressaltou.

Conforme Reis, a reforma já deveria ter sido feita há vários anos pelo Parlamento, mas não há previsão de que se efetive, porque não há interesse dos parlamentares. “O debate está paralisado; o Parlamento promove reformas cosméticas, como a minirreforma eleitoral, mas a mudança do sistema político e do financiamento de campanha não acontecerá.” Para ele, um tema crucial, além do financiamento, é a mudança do sistema de votos em lista aberta de candidatos.

Modelo arcaico
Reis salientou que o movimento já está em plena campanha por um novo modelo de sistema político e está elaborando um projeto de lei completo sobre o tema. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral foi um dos responsáveis pela campanha pela Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10). “O modelo atual é arcaico, e não nos sentimos contemplados pelas propostas já em discussão”, disse. “A sociedade brasileira não está se sentindo representada pelas instituições democráticas, incluindo o Legislativo e até o Judiciário”, completou. “As pessoas querem ser ouvidas e querem canais para que isso aconteça.”

Segundo ele, a reforma política tem que aumentar esses canais, para aproximar a população dos políticos que a representam.

Ele destacou ainda que, de acordo com o levantamento do Ibope, 85% dos brasileiros são a favor da reforma política, sendo que 84% querem que as mudanças possam valer já para as eleições de 2014. Além disso, quase 80% querem que empresas sejam impedidas de fazer doações de campanha.

O grupo de trabalho realiza neste momento audiência pública interativa com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); da Confederação Nacional da Indústria (CNI); do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral; da Central Única dos Trabalhadores (CUT); da Força Sindical; e de outras centrais sindicais
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