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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Criminal

novas diligências?

"Pedido da defesa pode ter soado como 'chacota' ao STF"

Foto: Reprodução

Apesar de considerar que a sustentação oral da defesa do ex-deputado Roberto Jefferson no julgamento do Mensalão tenha sido uma das mais eloqüentes e ‘corajosa’ o advogado Adriano Borges acredita que as argumentações do advogado do réu, Luiz Francisco Correa Barbosa, possa ter soado como uma espécie de ‘chacota’ ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Fica parecendo, apesar de não ser, uma tentativa de protelação, o que eu conhecendo o advogado sei que não é. Soa como chacota a Corte”, avaliou Adriano Borges quanto ao pedido de Barbosa para que seja paralisado o julgamento e sejam realizadas novas diligências.

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 Durante sua sustentação oral o advogado Luiz Francisco fez várias acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alegando que ele sabia da existência do Mensalão. Para Adriano Borges são fatos graves e fortes, que devem repercutir na sessão desta terça-feira (14). “Pode ser uma estratégia que faça muito bem ou grande mal. Foi muito arriscado”, considerou.

Acusações contra Lula

Barbosa reafirmou durante suas argumentações aos ministros que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deveria oferecer denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo ele, foi o “mandante” do esquema do Mensalão. O advogado sustentou que Jefferson avisou Lula no início de 2003, mas que nada foi feito.

Segundo o advogado, quando vieram a público os vídeos com denúncias de corrupção nos Correios, “aí ele (Jefferson) percebeu a manobra que vinha dos intestinos de quem estava envolvido no governo e ele denunciou o esquema em entrevista”. “Só se sabe disso pela palavra dele", argumentou Barbosa, acusando Gurgel de ser negligente quanto às denúncias contra Lula. Chamou a procuradoria de "caixa-preta"

Julgamento do Mensalão

O Supremo dá continuidade ao julgamento do Mensalão nesta terça-feira (14), quando os advogados de mais cinco réus - entre eles um ex-ministro e três ex-deputados – apresentarão as defesas. Na relação estão o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e os ex-deputados Professor Luizinho (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA) e João Magno (PT-MG), além Anita Leocádia Pereira da Costa, assessora parlamentar.

Como nos dias anteriores, os advogados terão até uma hora para apresentar suas sustentações orais em defesa dos clientes. É a penúltima etapa do julgamento dedicada à defesa. Depois, começa a etapa dos votos dos 11 ministros da Suprema Corte.

Os sites Olhar Jurídico e Olhar Direto farão a cobertura da sessão no STF minuto a minuto.


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