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Seminário internacional quebra tabu ao discutir terrorismo

11 Abr 2014 - 13:17

Secretaria de Comunicação Social/Procuradoria Geral da República

O tema terrorismo ainda é tabu no Brasil, afirmou o subprocurador-geral da República e coordenador acadêmico do “Seminário Internacional Terrorismo e Outras Situações de Emergência”, Carlos Eduardo de Oliveira Vasconcelos, no encerramento do evento nesta quarta-feira, 9 de abril. Segundo ele, isso se deve ao fato de o país não ter experiências recentes com terrorismo e evitar discutir o assunto para não atrai-lo.

Para Carlos Eduardo Vasconcelos, o Brasil tem a obrigação de se preparar, conhecer os erros e acertos de outros países que tiveram que lidar com o terrorismo na linha de frente. Nesse contexto, ele destacou o Centro de Defesa Cibernética do Exército e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que, por meio de um trabalho discreto, estão criando as condições para que o país evite e se prepare, caso seja necessário, para lidar com as consequências e minimizá-las.

Segundo ele, não há como combater o terrorismo apenas com soluções domésticas. Nesse sentido, o intercâmbio de experiências e informações promovido pelo seminário foi importante para mostrar que há um enorme interesse de diversas entidades nacionais e internacionais em colaborar com o MPF na prevenção de situações de emergência.

Na ocasião, o subprocurador destacou os quatro eixos que nortearam as discussões do seminário: terrorismo internacional, violência das facções criminosas, vandalismo nas demonstrações públicas e violência no esporte, o hooliganismo. Além disso, o evento tratou de legislação comparada, financiamento do terrorismo e monitoramento de suas fontes e ciberterrorismo.

Para materializar as experiências ouvidas e debatidas pelo seminário, a coordenação acadêmica pretende produzir uma cartilha para usuário, que poderá ser útil ao cidadão no contexto de grandes eventos, e um manual de atuação para procuradores.

Participaram também do encerramento do seminário o procurador da República e secretário de Cooperação Jurídica Internacional, Vladimir Aras; a procuradora-chefe do Ministério Público da Inglaterra e Gales e conselheira da Associação Internacional do Ministério Público, Elisabeth Howe; e o Subprocurador-Geral da República José Bonifácio Borges de Andrada, membro da 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF.

Seminário - O evento promoveu, entre os dias 7 e 9 de abril, o debate entre o MPF e mais de 30 especialistas nacionais e internacionais sobre formas de controle dos fenômenos modernos de criminalidade, como terrorismo, violência em demonstrações públicas e atuação de facções criminosas, visando os grandes eventos que estão previstos para ocorrer no Brasil. A coordenação do evento foi realizada pela Secretaria de Cooperação Jurídica Internacional (SCI) e pela 2ª Câmara de Coordenação e Revisão (2ª CCR) do Ministério Público Federal.
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