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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Prefeito teria ameaçado e exonerado servidores por apoio

Foto: Reprodução

Advogado João Bosco Ribeiro Barros Junior

Advogado João Bosco Ribeiro Barros Junior

O prefeito de Nossa Senhora do Livramento, Zenildo Pacheco Sampaio, está sendo investigado pela Justiça Eleitoral acusado de ter reunido os servidores públicos municipais e ameaçado exonerá-los caso eles não apoiassem sei candidato a sucessão nas eleições deste ano.

Conforme a ação de investigação proposta pela Coligação Livramento Livre e Democrático, encabeçada pela candidata Aparecida Botelho, o atual prefeito teria cometido crimes de desvio e abuso de poder político e econômico, captação ilícita de sufrágio, prática de condutas vedadas e improbidade administrativa.

Zenildo estaria apoiando a candidatura de Nezinho e, segundo a denúncia, teria convocado os servidores da Prefeitura para uma reunião administrativa, por meio de um ofício.

Gravações do encontro com os servidores, encaminhadas a Justiça Eleitoral comprovariam que na suposta reunião, Zenildo ameaçou os funcionários para que apoiassem a candidatura de Nezinho, ou seriam exonerados.

“Quem não está a vontade para me ajudar, a porta está aberta. ... Agora eu preciso da contrapartida, agora eu preciso do reconhecimento, do esforço que eu fiz, tá tendo com vocês, tá tendo comigo (...). Então eu quero todo mundo (...), e quem não estiver à vontade para assumir este compromisso comigo, a sala está de portas abertas. Vai no gabinete, eu faço a demissão hoje, amanhã, ou na hora que você precisa”, consta em trecho da gravação.

Conforme os advogados autores da ação, após a reunião as servidoras Waldesleya Medeiros de Queluz e Franciele Pereira de Oliveira não teriam aceitado apoiar o candidato apresentado por Zenildo e consequentemente foram exoneradas da Prefeitura.

Seguindo o parecer do promotor eleitoral Marcelo Malvezzi, o juiz da 58ª Zona Eleitoral, Onivaldo Budny, mandou oficiar o município para que no prazo de 48 horas, sob pena de busca e apreensão, encaminhe para o juizo, todos os documentos referentes a exoneração dos servidores citados e seguindo a cota ministerial sejam enviadas cópias da presente ação as autoridades competentes para que sejam investigados os crimes eleitorais e os atos de improbidade (instauração de inquerito policial e investigação dos crimes de improbidade pela promotoria especializada de Várzea Grande).

O Advogado João Bosco Ribeiro Barros Junior, acredita que com a confirmação da conduta exposta na inicial, os requeridos irão ser condenadoos com pena de multa e cassação e, no caso dos que ainda não tomaram posse, serão cassados os registros ou seu diploma caso empossados, assim como afirmou o promotor eleitoral.

A ação foi proposta pelos advogados João Bosco Ribeiro Barros Junior, Claudio Campos, Gustavo Antonelli e Paulo Cesar Zamar Taques.
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