O advogado criminalista Eduardo Mahon teceu breve comentário sobre o 'embate' envolvendo o Ministério Público e o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD). Para o jurista, o caso traz a tona um tema que deve ser amplamente discutido que é o nepotismo cruzado.

Na semana passada, o MP moveu uma ação civil pública contra o parlamentar e o ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Sérgio Ricardo, pela contratação de uma servidora na AL, que não teria prestado os serviços necessários, o que pode ser considerado como funcionária fantasma.

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Um dos pontos mais discutidos foi o fato de a servidora Tássia Fabiana Barbosa de Lima ser filha do desembargado aposentado do Tribunal de Justiça (TJMT) José Jurandir de Lima e, durante o período em que ela teria trabalhado no Legislativo, foi constatado pelo MP que a funcionária cursava a faculdade de Medicina Veterinária, em período integral.

O presidente da AL, saiu em 'defesa' da servidora e alegou que, em alguns momentos, ela prestou expediente noturno e o fato de ser filha de um magistrado nada interferia, já que parentes de promotores também trabalham na Assembleia.

Diante disso, o advogado Eduardo Mahon, em vídeo, levantou as seguintes ponderações: que sejam informados os parentes de promotores, juízes e conselheiros que prestam serviços na AL para que se faça uma criteriosa avaliação quanto à possibilidade de nepotismo cruzado.

“Muito interessante a colocação do deputado, nós como cidadãos temos direitos de saber afinal de contas quem são os nomes, os cargos que ocuparam e os salários que receberam e a filiação. Nada mais democrático", considerou o advogado.


Veja o vídeo abaixo: