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'Terra Prometida'

Justiça analisa pedidos de liberdade de presos em operação da PF; 4 estão no Centro de Custódia

29 Nov 2014 - 18:00

Da Redação - Wesley Santiago/Patrícia Neves

Foto: Reprodução

Justiça analisa pedidos de liberdade de presos em operação da PF; 4 estão no Centro de Custódia
A defesa de quase todos os 33  presos suspeitos de integrarem uma organização que lucrava com a  exploração de áreas destinadas a clientes da reforma agrária, protocolaram na última sexta-feira (29) o pedido de revogação das medidas cautelares. Dentre eles, estão o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz (PSDB), e os irmãos do ministro da Agrilcultura, Pescuária e Abastecimento, Neri Geller (PMDB), Odair e Milton Geller. Do total de suspeitos, quatro (Marino, os irmãos Geller e um advogado) seguem presos no Centro de Custódia da Capital, unidade do sistema prisional que abriga a um total de 19 detentos.

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As prisões foram efetuadas durante a ‘Operação Terra Prometida’, que foi deflagrada na última quinta-feira (27), em dez municípios de Mato Grosso e outros três estados. 

A principal alegação dos advogados é que os detidos não oferecem risco às investigações e, portanto, não há necessidade de que eles continuem presos. O juiz federal plantonista Pedro Francisco da Silva é o responsável pela decisão do pedido, de acordo com assessoria da Justiça Federal. O magistrado encaminhou a solicitação para o Ministério Publico Federal emitir o parecer e até às 18h de hoje, não havia decisão quanto à solicitação.

De acordo com o diretor do Centro de Custódia da Capital, Isaías Marques de Oliveira, os irmãos Geller e o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde seguem presos no local. Eles passaram a noite bem e não tiveram nenhum problema de saúde. 

Investigações

As investigações da Polícia Federal de Mato Grosso apontam que os irmãos Milton e Odair Geller, grandes produtores rurais no médio norte do Estado  possuíam forte atuação no esquema criminoso desmantelado na quinta-feira (27) e são investigados pelo exploração dos lotes, que 'funcionavam' como verdadeiras latifúndios. 

A associação criminosa investigada atuava explorando áreas destinada à reforma agrária no Projeto de Assentamento Itanhangá/Tapurah. Com a operação Terra Prometida - desencadeada pela Polícia Federal na quinta-feira (27) - trinta e três pessoas foram presas.

O Projeto de Assentamento em questão é o segundo maior da América Latina e conta com 1.149 lotes, com metragem de 100 hectares cada um (o equivalente a 100 campos de futebol) em uma região valorizada e muito produtiva. No total, o projeto possui 115 mil hectares. Estão nas mãos dos fazendeiros do agronegócio cerca de mil lotes. A fraude estimada com a exploração ilegal é de R$ 1 bilhão.
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