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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Ambiental

exploração de terras da União

TRF1 garante continuidade de prisões de envolvidos na operação Terra Prometida

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Ação da PF resultou na prisão de 33 pessoas, dentre elas de dois irmãos do ministro da Agricultura e Pecuária

Ação da PF resultou na prisão de 33 pessoas, dentre elas de dois irmãos do ministro da Agricultura e Pecuária

O Tribunal Regional Federal (TRF1) manteve a prisão de dez fazendeiros que são acusados de envolvimento em um esquema de comércio de lotes destinado a reforma agrária no Projeto Itanhangá/Tapurah. Na listagem, constam nomes dos produtores Natal Deliberalli e Rui Schenkel (PR), que é vice-prefeito da cidade de Itanhangá. A Justiça Federal de Mato Grosso também negou o pedido de revogação dos irmãos Odair e Milton Geller e também do ex-prefeito da cidade de Lucas do Rio Verde, Marino Franz (PSDB). Os três irmãos permanecem presos no Centro de Custódia da Capital.

Veja lista dos alvos de prisão preventiva na operação “Terra Prometida” em Mato Grosso

No total, 33 pessoas foram presas durante a operação Terra Prometida, desencadeada pela Polícia Federal no último dia 27, acusadas de participação em um esquema que já lucrou R$ 1 bilhão com e exploração de cerca de mil lotes, de um total de 1.149, destinados a reforma agrária. Além de produtores, servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),sindicalistas e políticos integram a lista de investigados. No total, 52 ordens de prisão preventiva foram expedidas.

Na decisão, o desembargador federal Cândido Ribeiro cita que “o fato é que a investigação conduzida pelo âmbito da jurisdição de Diamantino demonstra a possível ocorrência da prática de diversos delitos", diz o despacho obtido pelo site Folha Max.

O Projeto de Assentamento em questão é o segundo maior da América Latina e conta com 1.149 lotes, com metragem de 100 hectares cada um (o equivalente a 100 campos de futebol) em uma região valorizada e muito produtiva. No total, o projeto possui 115 mil hectares. Estão nas mãos dos fazendeiros do agronegócio cerca de mil lotes. A fraude estimada com a exploração ilegal é de R$ 1 bilhão.
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