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MENSALÃO
Henry quer processar revista por citação de depoimento
11 Set 2012 - 08:45
De Brasília -- Catarine Piccioni
Foto: Reprodução
O advogado José Alvares, que defende o deputado federal Pedro Henry (PP) na ação penal 470 (mensalão), revelou ao Olhar Jurídico que pretende mover um processo judicial (ação reparatória ou indenizatória) contra a revista Isto É por danos morais. Conforme reportagem publicada na última edição da revista, Henry teria recebido recursos de Marcos Valério (dono da agência de publicidade SMP&B) a partir de orientações de Geiza Dias (ex-gerente financeira da empresa).
Henry, Valério e Geiza são três dos 37 réus da ação penal. A defesa de Geiza tentou convencer os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que ela era uma funcionária “mequetrefe”.
De acordo com a reportagem, em correspondências, Geiza detalhou a representantes do Banco Rural como pagamentos seriam feitos e forneceu dados dos beneficiários dos saques. Em um e-mail enviado em março de 2003, a ex-gerente financeira avisou que o policial civil David Rodrigues Alves faria um saque de R$ 300 mil e pediu que o banco confirmasse o pagamento.
Ainda segundo a revista, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios mostrou que Alves atuava como “mula” para o esquema e recebeu R$ 4,9 milhões do banco. Ele teria atuado para levar dinheiro ao publicitário Duda Mendonça e também teria fornecido, em depoimento à polícia, informações sobre a participação de Henry no esquema. Na ação penal 470, o parlamentar mato-grossense é acusado de corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
“Não existe nada nos depoimentos prestados pelo policial, que é de Minas Gerais. Não há nenhuma menção a Pedro Henry. O deputado não conhecia a SMP&B e não conhece a Geiza e nem o Marcos Valério”, disse Alvares.
De acordo com o advogado, o policial prestou dois depoimentos – um à Polícia Federal e outro em juízo. “Não faz sentido, não sei de onde surgiu esse nome (do policial). Ele não mencionou o nome do meu cliente e nem o de outro parlamentar”, complementou.
Conforme o advogado, nos dois depoimentos, o policial relatou que "nunca soube que entregaria dinheiro a Duda Mendonça, mas que entregava, sim, para Geiza Dias e Simone Vasconcelos (outra funcionária da agência)". Alvares disse ainda ter contatado a revista, mas não havia recebido retorno até ontem à noite. Observou ainda que não bastaria, por exemplo, a publicação de uma carta assinada pela defesa de Henry na revista – então, a opção pelo processo. Ele ainda não definiu o tipo de ação e se vai apresentá-la na Justiça estadual de São Paulo ou de Mato Grosso.
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