Olhar Jurídico

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Estagiários voluntários do TJ poderão ser contratados

Os estudantes do curso de Direito que fazem estágio voluntário no Fórum Desembargador José Vidal em Cuiabá, por meio do Projeto Gafanhoto, tiveram uma ótima notícia nesta segunda (10 de setembro). Eles poderão ser contratados pelo Poder Judiciário e passar a exercer a mesma atividade, só que de forma remunerada. A novidade foi anunciada pelo juiz Jeverson Luiz Quinteiro, da Segunda Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, à primeira turma de alunos que participa do projeto piloto.

“Estamos negociando com a Corregedoria a substituição do teste seletivo para estagiário pela contratação daqueles que já tiverem atuado 6 meses neste projeto”, anunciou o magistrado, durante a confraternização de encerramento da primeira etapa do projeto.

Jeverson Quinteiro comemorou o sucesso da ideia, a rapidez com que os aprendizes assimilaram o treinamento de três dias e a produtividade alcançada. Foram feitas 1973 juntadas e, deste total, 726 em apenas um dia de trabalho. “Em 5 dias conseguiram atualizar todos os processos da Vara, superaram as minhas expectativas”, parabenizou o juiz.

Nestes primeiros dias de atuação, os estudantes também arquivaram 545 processos e detectaram o desaparecimento de 488 peças. Este último dado preocupa o juiz e dará o norte para levantamentos mais aprofundados, porque esse índice não havia sido detectado nem na última correição.

A partir de agora, os acadêmicos passarão à segunda etapa, que será a de atuar na expedição de documentos. São 2 mil expedições para fazer e a previsão é que zerem essa demanda em uma semana. Depois disso, eles serão alocados em atividades pré-definidas com o intuito de dar seqüência ao trabalho e não deixar mais ocorrer nenhum acúmulo. O estágio vai durar pelo menos um semestre.

Nesta semana, o Judiciário também iniciará o treinamento de nova turma e ainda buscará novos interessados a ingressar no programa. O juiz ressalta que o projeto está aberto a qualquer estudante de Direito, até do 1º semestre. “Não há limite algum neste tipo de estágio”, avisou.

O coordenador da Secretaria da Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Lusanil Cruz, avaliou que este é um momento ímpar para os discentes, pois na época em que iniciou os estudos não havia oportunidade de aprender a manusear o processo. “Uma coisa é vocês estarem do outro lado do balcão só cobrando dos servidores da Justiça, outra muito diferente é vocês conhecerem os procedimentos processuais na prática”, salientou o representante da Corregedoria, que é parceira no projeto.

A estudante Isabela Vendrame, do 4º semestre do curso de Direito da Universidade de Cuiabá (Unic), garante que já valeu a pena participar. Ela conta que não tinha noção de como funcionava um processo, nem do quanto um juiz trabalha e de como precisa do auxílio de um estagiário. “Realmente é muito trabalho, que precisa ser feito em equipe. Estou adorando, os instrutores explicam muito bem e com muita paciência. Acredito que esta experiência vai me ajudar a definir qual carreira quero seguir”, afirmou.
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