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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Justiça determina que 800 famílias do MST desocupem fazenda de diretor da Amaggi

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Representantes do MST fizeram vigília  no Fórum de Cuiabá durante audiências

Representantes do MST fizeram vigília no Fórum de Cuiabá durante audiências

Por determinação judicial, as cerca de 800 pessoas  que ocupam a fazenda Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Jaciara (a 120 km de Cuiabá) desde o dia 13 de julho, desocupem a área de mais de dois mil hectares. A decisão, que foi comunicada oficialmente na data de hoje, 5 de agosto, é da juíza Adriana Sant’anna Coningham, da Vara Especializada de Direito Agrário.  A propriedade pertence a Waldemir Ival Loto um dos diretores do grupo Amaggi.

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Ao Olhar Direto, uma das coordenadoras estaduais do MST, Idalice Rodrigues, pontuou que a ordem de reintegração não especifica prazo específico para que as famílias deixem o local. “Nós vamos tentar recorrer. Até porque a situação não mudou. Nossos advogados estudam as medidas que podemos adotar. As famílias que lá estão não tem para onde ir. O Incra não resolveu em nada a situação”, reclama.

Ela ainda pondera que a Prefeitura de Jaciara passou a ofertar transporte escolar para a criançada. “Também recebem assistência à saúde, mesmo que de forma precária”. As famílias que encontram-se ocupando uma parte da área são das cidades de Campo Verde e Jaciara. O MST solicitou à Justiça que a área fosse destinada a reforma agrária durante audiencias realizadas na semana passada.

O proprietário da área, em nota à imprensa, ratifica que a propriedade foi adquirida em 2010 e desenvolve atividade de pecuária. Frisa que a propriedade de terras cumpre com sua função social e informa que não existe processo instaurado visando a desapropriação do imóvel rural para a sua destinação a reforma agrária. “A referida propriedade não se enquadra nas hipóteses legais que autorize a sua destinação para fins de reforma agrária”, diz trecho do documento.

 
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