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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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De olho na AP470

Mensalão: siga minuto a minuto voto sobre Zé Dirceu, Zé Genoíno e Delúbio Soares

STF aprecia se houve ou não corrupção ativa no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

03 Out 2012 - 12:59

Da Redação – Rodivaldo Ribeiro / De Brasília – Vinícius Tavares

A Ação Penal 470, o chamado julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF) entra nesta quarta-feira (10) na fase do voto sobre condenação ou absolvimento de figuras centrais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e parlamentares da base aliada nos anos de 2003 e 2004.

A dias das eleições municipais, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do partido José Genoino são alguns dos acusados. Também entre eles estão o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e o empresário Marcos Valério, além de ex-sócios e ex-funcionários das agências de publicidade.

O STF já condenou dez políticos por corrupção passiva, no encerramento da primeira etapa do capítulo 6 da denúncia do Ministério Público Federal (MPF). A primeira parte explicitou os votos dos ministros sobre corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha; esta segunda etapa trata especificamente de corrupção ativa.

Seguindo o cronograma decidido em colegiado para tentar acelerar o julgamento, os ministros separaram o mais longo dos capítulos da denúncia em duas partes. Na última sessão, a primeira etapa terminou com a condenação de 11 dos 13 réus elencados: dez por corrupção passiva, 11 por lavagem de dinheiro e cinco por formação de quadrilha.

ACOMPANHE A COBERTURA EM TEMPO REAL

20:12 - Como estava mais do que anunciado, Lewandowski vota pela absolvição de José Genoíno pelo crime de corrupção ativa. Ayres Britto declara encerrada a sessão desta quarta-feira. Amanhã, é o último dia desta semana para o julgamento do mensalão.

20:11 - De forma irônica, o ministro Marco Aurélio Mello diz estar quase convencido "de que o PT não fez qualquer repasse a parlamentares".

20:10 - BASTIDORES - O posicionamento do ministro revisor provoca comentários nos bastidores do STF. Muitos jornalistas que atuam neste momento no Comitê de imprensa tomam partido e não escondem seu descontentamento com os argumentos lançados por Ricardo Lewandowski. Acusam-no de ser parcial.

20:09 - Lewandowski tenta correlacionar sua defesa de José Genoíno a uma fábula indiana, mas se enrola todo e não termina a tal fábula.

20:08 - Ayres Britto lembra que não há problema nas reuniões das direções dos partidos, o problema que interessa à AP 470 é saber o teor dessas reuniões. Celso de Mello entra descontraídamente a conversa e diz a Lewandowski: "o senhor está quase me convencendo de que o PT não fez nada de ilegal"

20:07 - "Nada há de estranho que um dos maiores partidos do país, como o PT, com mais de 1,2 milhão de filiados na época, ter contraído uma dívida de R$ 3 milhões". 

20:06 - O ministro revisor justifica ainda que o PT pagou o suposto empréstimo contraído ao Banco Rural. No entanto, o pagamento foi honrado em 2012, ano do julgamento e sete anos após a divulgação deste esquema.

20:02 - Para justificar absolvição de José Genoíno, Ricardo Lewandowski lê trecho da defesa do ex-deputado segundo a qual a segunda parte do capítulo seis da AP 470 não se sustenta devido à falta de provas quanto ao ex-presidente do PT.

19:57 - Joaquim Barbosa interrompe para lembrar Lewandowski que não dá para levar a sério documentos emitidos pelo Banco Rural ou outros apresentados pela defesa, pois eles estavam acostumados a simular esses pagamentos, chegaram mesmo a simular um pagamento de R$ 13 milhões. Lewandowski diz indignado que o documento que ele apresentou era diferente. "Um pagamento feito ao longo de sete anos?", diz Barbosa. "Mas pagou, mas pagou. O PT pagou todos os empréstimos, o documento apresentado foi produzido em juízo", diz Lewandowski sobre José Genoíno.

19:50 - Fux interrompe e pergunta se ele está afirmando que o corréu Roberto Jefferson mentiu. Ele diz que vai discutir isso depois e que tudo bem caso Fux tenha "uma visão diferenciada" da dele, pois são quase 50 mil folhas de processo para as quais ele, Lewandowski teve cerca de um mês para analisar.

19:49 - Barbosa e Lewandowski votam pela condenação de José Dirceu e Marcos Valério por corrupção ativa

19:47 - Ele diz que Roberto Jefferson fez uma declaração bombástica e desencadeou oum processo "midiático, policial e depois judicial. E após tornar-se judicial, tornou-se dúbio, vago e desdiz o que disse (...) nem ao menos essas assertivas e acusações violentas foram confirmadas depois em juízo)".

19:41 - Delúbio Soares chega a confessar que somente Delúbio Soares era o tesoureiro do partido e ele tão somente cuidava de recursos e valores. Cita Wilmar Lacerda, do DF, que teria dito que o "companheiro Delúbio Soares o socorreu para que ele pudesse saldar as dívidas do DF". Cita Carlos Abicalil: "como vossa excelência tem gestão nacional, como tratou de dívidas. Aqui o depoimento é longo (trunca a leitura, torna-se ininteligível) (...) Eu só tratei com o senhor Delúbio Soares. senadora Ideli Salvati, atual ministra de estado, antiga integrante da comissão nacional do PT, também testemunhou em juízo que a cúpula do PT ignorava tratar-se de transações fraudulentas". Faz uma gracinha com o nome do Delúbio e diz que ele praticava "Delúvios financeiros" e que Ideli Salvati só tomou conhecimento desses valores e transações através da televisão..

19:38 - Lendo depoimento, ele afirma categoricamente que a defesa produziu provas, coisa que o MPF não fez. Diz que José Genoíno "jamais participou de negociações dos valores perpetrados por Marcos Valério", pois trata-se de um "parlamentar ideológico, não consta que ele fosse um deputado fisiológico(...). Está meio afastado da política, mas não é o que se tem notícia a respeito dele. Além dos depoimentos que abonam a tese da defesa, há vários outros produzidos sob o crivo do contraditório, todos dizendo que Genoíno jamais participou de negociação de valores", argumenta Lewandowski.

19:33 - Ricardo Lewandowski chega mesmo a demonstrar irritação e indignação. Para ele, os crimes atribuídos a Genoino são deduzidos simplesmente por causa do cargo por ele ocupado, de presidente do PT. E mais, chamou as acusações contra ele de abstratas. Pra terminar nessa parte, chega mesmo a afirmar que não há uma prova sequer de qualquer uma das condutas criminosas atribuídas ao ex-presidente do PT.

19:27 - Tal e qual um advogado de defesa, Ricardo Lewandowski afirma que a acusação do Ministério Público Federal nunca individualizou a conduta de José Genoino e foi ainda mais longe ao afirmar que ele pagou o empréstimo que contraiu.

19:18 - Sua defesa afirmava que o ex-deputado não tratava de negociações com partidos. Sobre os avais para os empréstimos, ele afirma que se tratava de obrigações estatutárias.

19:13 - Sobre Marcos Valério, o ministro afirma que o empresário era um indivíduo onipresente. E julga procedente a ação de corrupção ativa. Quanto a Delúbio, sustenta que se tratava de um articulador com os financiadores de outros partidos como PP, PL e PTB. E passa a analisar a situação de José Genuíno.

19:09 - O revisor acompanha o ministro relator e absolve Lewandowski, há controvérsias sobre a participação do ex0- ministro dos transportes, que segundo Lewandowski, apenas indicou Delúbio Soares para que emprestasse dinheiro ao dpeutado Romeu Queiróz.

19:05 - O ministro revisor Ricardo Lewandowski pada para fazer o seu voto ainda nesta sessão para agilizar o andamento do julgamento. Ele acompanha o relator e julga procedente a acusação por corrupção passiva contra o núcleo publicitário. Ele anuncia absolvição de Geiza Dias e diz que a denúncia contra o advogado Rogério Tolentino é paupérrima ao afirma que não existem provas de sua corrupção ativa. "Neste caso, in dubio, pro reu", destaca o revisor.
 
18:59 - O ministro Joaquim Barbosa julgou procedentes as acusações de corrupção ativa contra José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno, do núcleo político, e também por corrupção ativa de Marcos Valério, Cristiano Paz, Ramon Hollerbach, Rogério Tolentino e Simone Vasconcelos. O ministro absolveu o ex- ministro dos trandportes e Anderson Adauto e a ex-funcionária da SMP&B dos crimes de corrupção passiva por falta de provas.

18:55 - Sobre o envolvimento do ex-ministro, os autos confirmam que Romeu queiróz recebeu R$ 300 mil. O relator vota pela absolvição de Anderson Adauto pela falta de provas.

18:47 - Como já havia feito no início da leitura do item 3, o relator absolveu a ex-funcionária da SMP&B Geiza Dias do crime de corrupção ativa. Ele passa a analisar as acusações contra o ex-ministro dos transportes Anderson Adauto.

18:45 - "É inaceitável a alegação da defesa de Tolentino de que não quesesse colaborar com a organização criminosa", afirma o relator, que  anuncia estar no final da leitura de seu voto.

18:41 - A Bônus Banval se encarregaria de distribuir as quantias aos beneficiários do PP. Ainda sobre Rogério Tolentino, Barbosa cita depoimento de Ricardo Guimarães, ex-presidente do banco BMG, em que foi dado aval a Tolentino para contrair milionários. "Ele agiu com dolo na prática de corrupção ativa".

18:37 - No entendimento do ministro relator, o advogado Rogério Tolentino utilizou intrincado recurso de lavagem de dinheiro para dar cumprimento a acordo realizado entre PT e PP. Neste episódio, foi utilizada a corretora Bônus Banval para acolher e maquiar os recursos.

18:32 - "É assombrosa a quantidade de documentos que comprovam os pagamentos indevidos", aponta o  relator. Segundo ele, muitos dos pagamentos concentraram-se nos períodos de votações importantes. Portanto, o grupo de Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach trabalharam para fortalecer o Partido dos Trabalhadores. "É impossível acolher as alegações da defesa de que não há prova contra os acusados", acrescenta.

18: 27 - Marcos Valério afirmou em depoimento que estava buscando uma solução financeira para ajudar o PT. Os sócios da SMP&B, avalistas do empréstimo, que seria interessante o fortalecimento de relações com o partido (PT) que acabara de chegar ao poder.

18:23 - O relator destaca o papel da SMP&B no pagamento em espécie de dinheiro definido por Delúbio Soares. Cristiano Paz e Ramon Hollerbach aceitaram contrair os empréstimos em nome de Delúbio.

18:20 - "Houve colaboração específica de Genoino, executou o delito de corrupção ativa relativa a Roberto Jefferson, ao negociar montantes que seriam repassados pelo PT. Genoino admite ter repassado empréstimos em nome do Partido dos Trabalhadores, tendo como avalista Marcos Valério, demonstrando assim a proximidade entre eles”, revela o relator sobre o ex-presidente nacional do PT.

18:18 - Genoíno admitiu ter assinado empréstimos em favor do PT e supostamente repassados a Marcos Valério. Roberto Jeferson disse, porém, que o deputado petista não tinha poder para "bater o martelo" em decisões. A defesa de Genoíno diz que cabia a Delúbio Soares assumir estas decisões.

18:15 - As ligações entre o PT e o PP ocorriam no palácio do Planalto e envolviam duretamente José Genoíno e PEdro Henry.

18:11 - O relator passa a analisar a situação do ex-deputado José Genoíno. O petista mantinha contatos com Pedro Henry e Pedro Correa, do PP, para arregimentar os apoios do Partid Progressista..

18:10 - O relator cita depoimento de José Dirceu na CPI do Mensalão, em 2005. Dirceu afirma não ter contatos telefônicos "regulares" com Marcos Valério. "Dirceu tinha domínio final dos fatos em razão do cargo que tinha. Ele participava de reuniões fechadas, de jantares para ter garantia do sucesso das empreitadas".

18:06 - "Os fatos revelam o poder do corréu sobre os acusados nesta empreitada criminosa".

18:04 - José Dirceu não sabia que os corréus haviam beneficiado sua ex-esposa. Todos os fatos ocorreram em setembro de 2002. Estes episódios contribuem para demonstrar que José Dirceu tinha influência com o núcleo publicitário e financeiro.

17:59 - Vale salientar que estes novos testemunhos sobre empréstimos fraudulentos ao Banco Rural foi dado muito depois dos fatos.

17:56 -  Segudo o relator, Kátia Rabelo disse na CPI do Mensalão, em 2005, que empréstimos desta natureza ao empresário Marcos Valério não eram corriqueiros.

17:52 - Em nenhum momento Maria Angela Sagarosa comentou, em depoimento, nada sobre conhecer o ex-marido dela, José Dirceu, muito menos Rogério Tolentino, que teria dito inclusive para fazer contrato de compra e venda porque ela não gostava de levar problemas para o ex-marido. A negativa visava escamotear a origem do dinheiro para a compra e o motivo de sua destinação. Está comprovado, para Barbosa, que quem efetivamente fez o pagamento de R$ 115 mil em benefício de Angela foi o já condenado Rogério Tolentino.

17:50 - Maria Angela Saragosa (ex-esposa de José Dirceu) e Rogério Tolentino fizeram negócio no apartamento, mas Tolentino comprou o imóvel para alguém do PT, membro da arrecadação da campanha eleitoral de 2002 e, à época dos fatos, assessor do presidente do Banco do Brasil e a seguir presidente do Banco Popular do Brasil, subsidiária do BB. Apesar da ligação explícita de Ivan Guimarães e a alta direção do partido dos trabalhadores, Maria Angela alegou que não conhecia o militante histórico do partido dos trabalhadores. O interesse pelo apartamento teria vindo como "obra do acaso", continua lendo Joaquim Barbosa. 

17:48 - O relator fala das relações de José Dirceu com a ex-esposa Maria Angela Saragosa e da suposta transação para compra de um apartamento, que foi feito para mascarar empréstimos.

17:46 - Depois de chamar Marcos Valério de "broker" de José Dirceu, Barbosa diz que há vínculos pessoais demonstrados e comprovados entre o senhor José Dirceu e o senhor Marcos Valério. Ele começa  a citar depoimento do próprio Dirceu: "as reuniões que constam no Banco Rural, BMG e Banco Espírito Santo. Além dessas reuniões, se não me engano, Usiminas". Além das reuniões, os acusados teriam admitido encontros casuais em eventos sociais e festivos. Tais como churrasco de comemoração de aniversário de deputados.

17:43 - Para Barbosa, Marcos Valério mentiu ao dizer que viajou apenas para entregar um filme publicitário. Emerson Palmieri teria ido "para descansar", o que não se justifica, já que a ida de Marcos Valério àquele país tinha conotação particular.

17:40 - Emerson Palmieri, do PTB, e o advogado Rogério Tolentino viajaram a Portugal a pedido de Roberto Jefferson para confirmar que haveria acordo no sentido do repasse de dinheiro aos partidos da base.

17:36 - Valério chegou a encontrar-se com o ministro das comunicações de Portugal para negociar e intermediar a compra da Telemig. "As viagens de Marcos Valério a Portugal assumem contornos muito maiores do que as de um simples publicitário", destaca o relator.

17:33 - Apesar do número de encontros realizados e das viagens de Valério a Portugal, o presidente da Portugal Telefônica disse que não possuía nenhuma relação com a Telemig nem compromisso com Marcos Valério.

17:30 - A instituição financeira portuguesa nunca teve qualquier reelação jurídica ou comercial com Marcos Valério. Portanto, para o relator, Valério participara desta reunião na Casa Civil por interesse de José Dirceu.

17:28 - Para Barbosa, as afirmações de Jeferson tornam-se verossímeis quando Dirceu afirma que Valério participou de reunião com Ricardo Espírito Santo, dono do banco e acionista da Portugal Telecom.

17:25 - A reunião com o banco português serviria, segundo Roberto Jeferson, para adiantamento de R$ 8 milhões para o pagamento de dívidas do PT e do PTB.

17:23 - Quanto a reuniões que Dirceu teve com o banco português Espírito Santo e Marcos Valério, Barbosa cita depoimento de Roberto Jeferson, segundo o qual o PT havia ficado sem dinheiro e que a Polícia Federal havia prendido 66 doleiros.

17:20 - Fica evidente, na avaliação do relator da ação, que a defesa falta com a verdade ao tentar negar que José Dirceu tenha intermediado ligações entre Marcos Valério e instituições bancárias.

17:17 - Para o ministro relator, há prova cabal de que Dirceu e Delúbio participaram de reuniões na Casa Civil com instituições financeiras. Ele rebate as argumentações da defesa de que não se tratava-se de obtenção de empréstimos e retoma o caráter clandestino das reuniões.

17:16 - José Dirceu cooptou apoio político na Câmara e beneficiou grupo de Marcos Valério

17:15 - O ministro Joaquim Barbosa retoma a leitura de seu voto após uma hora de suspensão dos trabalhos.

16:13 - Joaquim Barbosa pede o intervalo e é acolhido pelo presidente Ayres Britto, que declara pausa dos tradicionais e fictícios 30 minutos.

16:12 - Para o ministro, o acervo probatório destes autos formam um grande mosaico em que José Dirceu era o arquiteto do esquema que dependia da votação em bloco por parte dos partidos da base para alcançar os interesses do governo e das empresas envolvidas.

16:11 -  Ou seja, o governo atuava para fornecer vantagens aos dois bancos e seus diretores em troca da garantia de encobrimento dos empréstimos fantasmas.

16:10 - Ficou provado, para Joaquim Barbosa, que o Banco Rural tinha grandes interesses no Banco Banestado, votos contra a CPI desse banco foram conseguidos com o mensalão. O BMG também foi beneficiado por votações conseguidas por meio de apoio sob recebimento de dinheiro ilícito, continuou o relator, citando depoimentos nos quais afirma que esse banco tinha interesse na extinção do Banco Mercantil de Pernambuco..

16:08 - Segundo Joaquim Barbosa, as provas demonstram que os pagamentos estavam vinculados ao apoio parlamentar e não a campanhas eleitorais.

16:04 - O ex-deputado José Janene (PP) confirmou em depoimeto lido por Barbosa que houve encontros na Casa Civil e que era comum líderes de partidos se dirigiam ao Palácio sem prévio agendamento.

16:00 - Sobre a participação de Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações, José Dirceu disse em juízo que Lula era apenas informado das articulações políticas. Para Barbosa, esta era uma função chave de Dirceu

15:58 - José Dirceu confirma que a orientação dos votos era dada aos líderes dos partidos da base. Por conta disso, Barbosa afirma que Dirceu é responsável pelo esquema.

15:55 - "O ministro diz que a exploração de nióbio e a liquidação de Banco Mencantil de Pernambuco não faziam parte das atribuições de José Dirceu, muito menos a Marcos Valério", aponta.

15:52 - José Dirceu aparece, segundo o relator, em duas pontas do processo. Aparece como articulador político para formar a base financiada e por meio de pessoas diretamente ligadas com o ex-ministro e que fizeram os pagamentos.

15:49 - Em uma segunda oportunidade, com objetivo de ampliar os diretórios municipais do PT e da base aliada no Congresso, foram efetuados outros empréstimos a partir do mesmo sistema do anterior.

15:45 - O ministro relator diz que a presença de Marcos Valério na Casa Civil também é relevante porque, segundo confessou Delúbio Soares, "a captação de recursos era uma especialidade do empresário da SMP&B".

15:41 - O deputado José Borba disse em depoimento que chegou a questionar Marcelo Sereno, assessor de Dirceu, sobre quem era Marcos Valério. Sereno disse na época que o publicitário mineiro era um amigo do ex-ministro.

15:39 - Barbosa sustenta que os empréstimos eram feitos em nome do PT, que garantia o pagamento aos parlamentares. "Só estes fatos derrubam de uma vez a tese da defesa de que José Dirceu não tinha nenhuma relação com Marcos Valério", sentencia o relator.

15:36 - Para o ministro relator, não há dúvidas de que a agência SMP&B, de Valério, serviu como uma central de pagamentos de dinheiro sacado no Banco Rural para financiar as bancadas de apoio ao governo no Congresso. Tudo ocorreu com a anuência dos diretores do Banco Rural e os recursos foram obtidos de maneira dissimulada.
 
15:30 - CURIOSIDADES - As justificativas do grupo de José Dirceu sobre a exploração de reservas de nióbio referem-se a metal empregado na produção de ligas de aço destinadas à fabricação de tubos para condução de líquidos. Como curiosidade, o nome nióbio deriva da deusa grega Níobe que era filha de Tântalo que foi responsável pelo nome de outro elemento químico, tântalo. O Brasil tem as maiores reservas de nióbio do mundo.

15:28 - A reforma tributária foi votada dia 23 de setembro de 2003. Pagamentos haviam sido feitos dia 12 do mesmo mês.

15:27 - Os empréstimos no Banco Rural e formalizados por Marcos Valério coincidem com votações no Congresso. Simone Vasconcelos, da DNA, braço direito de Valério, dispunha de uma sala reservada ao pagamento dos valores aos parlamentares.

15:24 - Simone Vasconcelos, filha do dono do Banco Rural, afirmou em depoimento dado à CPI que não se lembra de encontros com Marcos Valério e José Dirceu para tratar da liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco.

15:20 - Já o encontro com Sabino Rabelo, fundador do Banco Rural, ocorreu logo após a vitória de Lula nas eleiçõs. O segundo encontro ocorreu logo após a posse do petista, já com a presença de Delúbio, Genoíno, Cristiano Paz e Marcos Valério.

15:18 - A reunião de José Dirceu, com Marcos Valério, Delúbio Soares com presidente do BMG, José Guimarães, ocorreu em 20 de fevereiro de 2003, poucos dias após a posse de Lula como presidente em seu primeiro mandato. O primeiro repasse, de R$ 20 milhões, foi distribuído a parlamentares da base aliada.

15:12 - O ministro relato revela intermediação geita pelo então e atual governador de Goiás, Marconi Perillo (PMDB) para obtenção de recursos, pois Perillo teria boa convivência com diretores de bancos.

15:09 - O relator cita depoimentos dados à CPI do Mensalão, em 2005, quando houve controvérsia em relação à participação de Delúbio Soares e José Dirceu em reuniões com os diretores dos bancos Rural e BMG para pedir o suposto empréstimo ao PT.

15:06 - Ramon Hollerbach, sócio da DNA Propaganda, afirmou que Marcos Valério apresentou o pedido de empréstimo de Delúbio Soares. Mas Foi José Dirceu quem se reuniu com diretores do Banco Rural e BMG para garantir os empréstimos.

15:02 - O relator destaca argumento da defesa de José Dirceu de que seu cliente nunca se envolve com pagamento de valores. Afirmou a defesa de que Dirceu não exercia ascendência sobre Delúbio Soares e Genuíno. Mas Barbosa afirma
que esta altura do julgamento, restou provada a existência do esquema, sustentando sua tese em depoimento de Delúbio Soares, segundo o qual o dinheiro foi distribuído a mando de Dirceu.

14:58 - Após um resumo das acusações contidas na AP 470, o ministro passa para a análise dos fatos e afirma que "houve, sim, distribuição farta de dinheiro à base aliada do governo na Câmara dos Deputados".

14:54 - O terceiro escalão é encabeçado pelo ex-presidente nacional do PT, ex-deputado José Genuíno, que assinou os supostos empréstimos junto ao Banco Rural.

14:51 - O relaor descreve José Dirceu como a segunda pessoa mais importante do Estado brasileiro. O segundo escalão seria formado pelo tesoureiro do PT Delúbio Soares e pelo empresário Marcos Valério.

14:48 - Barbosa cita os autos da AP 470 segundo os quais o ex-deputado Roberto Jeferson denunciou a existência de Mensalão, em que os pagamentos eram ordenador por José Dirceu e Delúbio Soares e executados por meio de uma engenharia financeira arquitetada por Marcos Valério.

14:45 - Pontualmente às 14h45 tem, início a leitura do relatório de JOaquim barbosa para subitem do ítem número seis, que analisa as acusações por corrupção ativa por parte de integrantes do núcleo político da suposta quadrilha.

14:43 - Ayres Britto lê um resumo das acusações dos ministros para os 13 réus do ítem númeor seis da Ação Penal 470. Pedro Henry foi condenado por formação de quadrilha por seis ministros. Mas sete deles o absolvera por corrupção passiva e outros sete o consideraram inocente diante das acusações de lavagem de dinheiro.

14:38 - Sessão de segunda-feira. Mensalão: veja o voto sobre participação da base aliada.

14:33 - Tarde de céu claroe  sol forte em Brasília. Coincidência ou não, a fase quente do julgamento acontece dias antes das eleições municipais. Neste momento, os ministros se assentam no plenário do STF. É lida a ata da sessão anterior.

14:28 - BASTIDORES - O ministo Marco Aurélio Mello rebateu há pouco as declarações do deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP), que disse ontem respeitar a decisão dos ministros do STF mas afirmou ter certeza de que será inocentado e vai recorrer na Corte Interramericana de Direitos Humanos.

"O Brasil ainda é uma república soberana. Até quando, eu não sei. Mas aposto que antes do julgamento ele (Valdemar da Costa Neto) tinha certeza de que seria absolvido", declarou Marco Aurélio Mello momentos antes da sessão se iniciar.

14:23 - BASTIDORES - O advogado José Luis Oliveira Lima, representante do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, aguarda o início do julgamento. Ele sai do prédio do STF para fumar um cigarro. Questionado pela reportagem sobre sua expectativa para o relatório de Joaquim Barbosa, ele reitera sua confiança nas provas apresentadas pela defesa no período de argumentações.

"Tenho esperança na absolvição do ministro", resumiu o advogado, enquanto tragava seu cigarro.

14:20 - Diferente dos primeiros dias, a movimentação é pequena em frente ao STF. Prevista pra 14h, a sessão terá um atraso habitual. Poucas pessoas em frente ao prédio do Supremo.

14:18 - O cientista político David Fleischer acredita que os réus do núcleo político serão condenados.

Cientista político crê em condenação de núcleo de Dirceu, Delúbio e Genuíno

14:15 - Os ministros da corte vão decidir sobre a acusação de corrupção ativa (oferecer vantagem indevida), depois de terem definido, em sessões anteriores, que dez réus do processo, entre eles ex-parlamentares e assessores do extinto (PL), PP, PTB e PMDB, são culpados de corrupção passiva (receber vantagem indevida). Para alguns advogados de réus do processo, no caso em questão, não há como alguém ter sido corrompido sem existir um corruptor.

14:12 - A leitura do voto por parte de Barbosa deve se encerrar na sessão de amanhã (4.10). Ele será seguido pelo revisor, ministro Ricardo Lewandowski. Os demais oito ministros do Supremo devem julgar os dez réus somente na próxima semana.

14:00 - Boa tarde, internautas. A sessão inicia com o voto do relator da AP 470, Joaquim Barbosa. Depois, será a vez do revisor Ricardo Lewandowski e, em seguida, votam, pela ordem decrescente de antiguidade na Corte, os ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e o presidente do STF, Carlos Ayres Britto.
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