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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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escutas ilegais

Perri abre investigação de secretário de Segurança por atrapalhar apuração dos grampos; Rogers nega

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Determinação partiu do desembargador Orlando Perri, responsável pelo inquérito dos grampos no TJMT

Determinação partiu do desembargador Orlando Perri, responsável pelo inquérito dos grampos no TJMT

O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), responsável pela apuração do caso de supostos grampos operacionalizados no quartel general da Polícia Militar, determinou a investigação sobre a conduta do secretário de Estado de Segurança Pública, delegado Rogers Jarbas. Reportagem veiculada no MT TV 2ª Edição, da TV Centro América (Globo), diz que ele é acusado pelo promotor de justiça Mauro Zaque Jesus, ex-secretário de Segurança, de tentar atrapalhar e intimidar as equipes que investigam as escutas clandestinas.
 
Roges Jarbas negou a acusação e respondeu que está à disposição do Poder Judiciário para quaisquer esclarecimentos. Ele afiançou que o seu compromisso é com a verdade.
 
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Mauro Zaque afirmou que o atual titular da SESP tentou investigá-lo quando convocou a delegada Alana Cardoso, ex-diretora de Inteligência da Polícia Judiciária Civil (PJC), em maio deste ano, para prestar esclarecimentos. Ela teria sido contestada por Rogers Jarbas sobre a condução do processo que investigou duas mulheres, através de supostas escutas clandestinas.
 
A reportagem da TVCA mostrou Mauro Zaque colocando o secretário de Segurança sob suspeição, possivelmente para tentar arrumar indícios que pudessem  desqualificar a sua denúncia. “Queria me desqualificar, porque eu disse que o governador Pedro Taques sabia do sistema ilegal de grampos e nada fez”, disse o promotor de justiça, que em 2015 foi secretário de Taques.
 
Orlando Perri  determinou que a delegada Ana Cristina Feldner, da PJC à disposição do Tribunal de Justiça, investigue se Rogers Jargas realmente atrapalhou as investigações ou tenha intimidado a equipe. A afiliada da Rede Globo trata do caso como a “grampolândia pantaneira”.
 
 A principal interferência de Jarbas, segundo a reportagem da TVCA, seria a cobrança para que as informações sigilosas da investigação fosse repassadas para Pedro Taques. “Ele [Rogers Jarbas] determinou que Pedro Taques tivesse acesso ao que as investigações tinha apurando”, citou a emissora.
 
Do ponto de vista da Constituição da República, o governador é o comandante em chefe da Polícia Militar de Mato Grosso e o diretor comandante da Polícia Judiciária Civil.
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