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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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CELEUMA RURAL

Pupin denuncia Santander por financiamento a Bom Futuro em leilão de fazenda de R$ 52 milhões

18 Set 2017 - 17:34

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

José Pupin e Fazenda

José Pupin e Fazenda

O produtor rural José Pupin, conhecido como “Rei do Algodão”, denuncia o Banco Santander, que atua no segmento de agronegócios, de financiar o também produtor Eraí Maggi, para que este arrematasse por R$ 52 milhões uma fazenda pertencente ao Grupo JPupin. O problema é que o leilão, determinado pela Justiça de São Paulo, ocorrera, segundo Pupin, para quitar dívidas que ele possuía com o próprio Santander. Entenda a celeuma:

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O objeto do mal estar entre os produtores rurais é de uma fazenda de 1.855 hectares localizada no município de Campo Verde (a 140 Km de Cuiabá). Ela foi arrematada por Eraí Maggi por R$ 52 milhões em leilão determinado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para pagamento de uma dívida que Pupin possuía com o Banco Santander. O executado tentou reverter o feito, mas a Justiça manteve a transação, que ocorreu no dia 02 de agosto.

“José Pupin pediu a anulação por alegar que o procedimento estava repleto de irregularidades, entre elas, que não teria sido intimado sobre a penhora do bem; os advogados do empresário também não teriam sido notificados em tempo hábil sobre a designação do leilão, foi argumentado ainda sobre uma irregularidade no edital quanto ao valor mínimo de alienação, mas o pedido foi negado”, consta do documento em que o grupo denuncia o caso.

Em caso de inadimplência, ficou combinado em juízo que a fazenda seria entregue ao Santander, hipótese em que as partes elegeriam um avaliador para a fazenda, que, então, deveria ser adquirida pelo banco, pelo valor de avaliação.

A Sétima Vara do Foro Central de São Paulo, sem levar o ponto acima em consideração – salienta Pupin - levou a fazenda a leilão. O bem foi arrematado pelo produtor Eraí Maggi, que, segundo informações, financiou os R$ 52 milhões o próprio Santander, com prazo de 10 anos para pagamento e juros de 2% ao ano.

O grupo JPupin, do empresário José, passa por recuperação judicial, ajuizada no dia 28 de agosto de 2015, por dívidas que somam aproximadamente R$ 898 milhões.
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