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Janot diz que imprensa sofre com “efeito papagaio” e rebate Folha sobre delação da JBS

08 Nov 2017 - 14:25

Da Redação - Arthur Santos da Silva / Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Janot diz que imprensa sofre com “efeito papagaio” e rebate Folha sobre delação da JBS
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou nesta quarta-feira (08), durante passagem por Cuiabá, que a imprensa vem sofrendo um “efeito papagaio”. Segundo o membro do Ministério Público, jornalistas estão sob processo narcotizante provocado por notícias superficiais. Janot aproveitou a ocasião do Congresso Nacional dos Auditores de Controle Externo, realizado na Escola Superior do Tribunal de Contas de Mato Grosso, para rebater reportagem da Folha de São Paulo e descartar qualquer tratativa sobre suposta instrução da delação firmada por empresários da JBS.
 
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O jornal paulista divulgou na terça-feira (07) que a quebra do sigilo do e-mail de Marcello Miller, ex-procurador, revelou em sua caixa de mensagem um roteiro de orientações sobre como os executivos e advogados da JBS deveriam se portar para fechar o acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República).
 
Dias depois o empresário Joesley Batista gravou o presidente Michel Temer no Palácio Jaburu.
 
O texto sugere que a Procuradoria já sabia que Temer estaria entre os delatados. Haveria assim um plano para derrubar o chefe do Executivo. Marcello Miller, apontado como intermediário, seria uma espécie de braço direto de Janot. O ex-procurador-geral discordou com ironia.
 
“Eu só tinha braço direto na Minha Equipe. Então eu era uma hidra de braços direitos. ‘Aquele ali é o braço direito dele’. Eu só tinha braço direito. Tinha um braço esquerdo, só para fazer o equilíbrio”, afirmou Janot em Cuiabá.
 
A delação da JSB sofreu um abalo após vir à tona gravações levantando a suspeita de que Miller trabalhou como advogado enquanto ainda estava no Ministério Público. Rodrigo Janot, porém, descarta laços escusos com o ex-colega de trabalho.
 
“Esse email é a prova absoluta de que nós não tínhamos nenhum acerto com  JBS e nem com o Marcelo Miller. Tanto que ele instruía as pessoas sobre eventuais obstáculos que nós faríamos e como eles deveriam superar essas obstáculos”, esclareceu.
 
Michel Temer afirma que Janot possuía interesse políticos em denunciá-lo. Mas foi o próprio ex-procurador-geral da República que pediu a quebra da delação da JBS ao Supremo Tribunal Federal e a investigação em face de Miller após suspeitas serem levantadas.
 
“Não entrem no efeito papagaio. É perseguição. Chegou ao ponto dessa autoridade investigada dizer que as denúncias foram feitas porque eu não queria que ele designasse meu substituto. Mas a imprensa e o efeito papagaio...”, finalizou.
 
 
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