A juíza aposentada e pré-candidata ao Senado, Selma Rosane Arruda (PSL), afirmou, na tarde desta quinta-feira (24), que ‘se sentiu descartada’ e que ‘esperava que a decisão fosse mais humana’, referindo-se à decisão da Comissão de Segurança em suspender sua escolta armada, que é mantida pelo Tribunal de Justiça mesmo após sua aposentadoria.
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A decisão foi tomada na última segunda-feira (12), sob a justificativa de que não haveria risco de vida à ex-magistrada e alegando, ainda, que Selma havia descumprido protocolos de segurança, usando a escolta para eventos políticos e fins particulares. Ela veio logo após a ex-assessora Daiane Balerini Bocardi ter afirmado que a juíza priorizava os processos midiáticos na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. No entanto, foi revogada pelo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador Rui Ramos, nesta quinta.
Selma concede uma entrevista coletiva a jornalistas no salão de festas do prédio onde mora, no bairro Quilombo, nesta tarde. Ela também comentou que a frase da ex-assessora foi colocada fora de contexto. Na terça-feira (23), foi divulgado o áudio de Daiane pela Gazeta Digital, em que ela que os processos contra Bosaipo, o ex-deputado José Riva e outros agentes públicos eram lançados como "prioridades".
“O depoimento da assessora, na forma como foi colocado, foi colocado fora de contexto aquela frase, foi uma frase pinçada e colocada de uma forma um tanto quanto irresponsável. No contexto, o que ela disse é que existe no sistema Apolo - é uma coisa meio técnica, e ás vezes as pessoas leigas não conseguem entender – mas é assim, o Conselho Nacional de Justiça estipula quais são os processos prioritários. Isso é o Conselho Nacional de Justiça que faz. Além disso, o Conselho Nacional de Justiça tem um sistema chamado Justiça Plena, e a corregedoria de cada tribunal indica quais processos seriam afetos a esse projeto Justiça Plena, e quando a Corregedoria indica, eles passam a ser prioritários. A corregedoria do Tribunal de Justiça indicou os processos do Bosaipo como prioritários, como de relevância social. Então, no nosso sistema de distribuição do fórum, quando ele entra, ele já entra como prioritário. Foi isso que ela quis dizer. Quer dizer, óbvio que esses projetos são prioritários e que eles têm um apelo midiático grande, uma coisa não se desfaz da outra, mas não quer dizer que eles sejam prioridade porque tinham apelo midiático”, disse.
A juíza afirmou, ainda, que os protocolos de segurança colocados para sua escolta “não dão pra seguir. Estãp equivocados e têm que ser revistos”. Além disso, disse que “a afirmação de que eu andava em locais de aglomeração não procedem, são uma suposição”, mas que “um pré-candidato tem que frequentar locais públicos”.
